21 de abril de 2012

Profissão de doula ganha lugar no mercado

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O momento de dar à luz uma criança é sempre motivo de preocupação para as mulheres. Quem espera um filho idealiza como será o grande o dia, se fará uma cesária ou um parto normal. Nenhuma mãe quer que esse seja apenas mais um procedimento de rotina: tem que ser um momento especial. Para tornar esse desejo possível, novas profissionais estão fazendo sucesso no mercado de trabalho. São as doulas, trabalhadoras especializadas na humanização do parto, ou seja, voltadas à garantia do bem-estar, do respeito, da calma e até da redução das dores na hora de trazer o bebê ao mundo. Com curso de formação específico para a atuação, as doulas cobram de R$ 300 a R$ 1,7 mil por cada concepção que ajudam a realizar e podem utilizar os conhecimentos na área como complementação de outras carreiras.

Normalmente, essas especialistas são médicas, enfermeiras, professoras de educação física, ioga ou pilates, nutricionistas ou de outra área de formação afim. Qualquer mulher com mais de 18 anos pode fazer o curso. “A capacitação para as doulas engloba algumas técnicas (veja quadro), como posições que podem aliviar as dores. São métodos não farmacológicos que podem tornar o momento menos traumático”, relata Daphne Rattner, professora da área de saúde coletiva da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora executiva da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (Rehuna).

Além disso, quem ingressa nessa carreira pode ajudar a mudar o entendimento mecanizado sobre o parto, ainda presente em livros e equipes médicas. “Alguns obstetras com muito tempo de profissão adotam a metáfora de ‘motor, objeto, trajeto’ para as etapas de um parto. O motor é o útero, o objeto é o bebê e o trajeto, o canal vaginal por onde a criança sairá. Mas, na verdade, quem está trabalhando ali, naquela hora, também é humano, não se pode pensar assim. E as doulas mudam isso desde o pré-parto até os primeiros momentos da amamentação”, analisa Daphne Rattner .

E foi ao perceber essa realidade, ainda durante o curso de graduação, que Clarissa Kahn, 30 anos, decidiu se tornar doula. Psicóloga e educadora perinatal, ela conta que resolveu colaborar na mudança daquilo que via nas maternidades. “Sempre gostei da área materno-infantil . Fiz estágio em hospitais, e a forma como mães eram assistidas no momento da concepção me incomodavam bastante. A falta de respeito e o excesso de intervenção médica nas escolhas das mulheres eram algumas das minhas principais preocupações. Então, decidi fazer o curso e me formar doula também”, conta.

Após 10 anos atendendo a grávidas, a também coordenadora do Espaço Acalanto conta que tem um preço pré-definido para realizar o atendimento, mas que as tarifas dependem do pacote que a mãe deseja fechar e das condições expostas por cada casal. Clarissa ministra cursos de cuidado com o bebê e com a amamentação, faz todos os acompanhamentos e cobra de acordo com o solicitado. Embora ela coordene a clínica, suas clientes são conquistadas por meio de indicações ou após consultas.

Reconhecimento

Atualmente, as doulas podem abrir uma clínica, atender em casa ou se filiar a profissionais que lidem diretamente com as grávidas e as indiquem. Mas, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde reconheçam as vantagens da presença da doula na hora do parto, ainda não há um reconhecimento da profissão. Por isso, elas não podem ser contratadas em hospitais. Trabalham por meio de contratos formais ou acordos com os futuros pais. “Quem abre uma clínica exclusivamente para esse fim terá que contar com outras parceiras, pois as grávidas começam a ser atendidas no sétimo ou no oitavo mês e, a partir daí, há um acompanhamento até o pós-parto. Por isso, só é possível atender de quatro a cinco parturientes por mês. As interessadas precisam analisar quanto desejam ganhar e como vão gerir essa clínica”, aconselha Renata Beltrão, pedagoga especialista em saúde perinatal, educação e desenvolvimento do bebê e representante brasileira na Rede Latino-americana de Doulas.

Estima-se que hoje existam cerca de 1.500 mulheres atuando no setor. Ao apresentar esse dado na 3ª Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento, que aconteceu em novembro último, em Brasília, Renata Beltrão pediu e conseguiu apoio para pleitear a inclusão das profissionais no Manual de Ocupação Brasileiro. “Não é difícil. Basta que tenham mais de 200 pessoas trabalhando na área. Hoje, trabalhadoras como parteiras e manicures, por exemplo, já estão incluídas”, observa. O documento deve ser encaminhado para o Ministério do Trabalho entre abril e maio deste ano e, se aprovado, vai possibilitar que elas possam ser contratadas mediante a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e que tenham reconhecimento.

Nos Estados Unidos, as contratações em hospitais privados são comuns. Para exercer a ocupação, as doulas norte-americanas recebem uma certificação que precisa ser atualizada a cada dois anos. Segundo Renata Beltrão, a intenção é que esse nível de reconhecimento chegue ao Brasil. “Só no Doularte, onde ministro aulas, recebo 20 pessoas mensalmente querendo fazer o curso. Como a procura por esse tipo de trabalho tem aumentado, a demanda pelo aprendizado também cresceu muito. O reconhecimento será fundamental para nós”, pontua.

Além disso, a regulamentação pode diminuir a resistência que as direções de hospitais ainda têm de aceitá-las em salas de parto. Em Brasília, as maternidades já estão conscientes da importância das doulas, mas, em outras regiões, há médicos que ainda se opõem ao parto humanizado. Embora esse procedimento possa ser realizado em casa, as grávidas que desejarem ter a estrutura de um hospital com o acompanhamento de sua doula precisam ter esse direito. “Elas são o apoio da mãe. É importante lembrar que essas profissionais não fazem parto ou qualquer outro procedimento cirúrgico. O apoio fornecido por elas é apenas emocional e de indicações para melhorias físicas”, complementa Daphne Rattner.

Incentivo estatal

Em 2003, o Ministério da Saúde desenvolveu um programa de treinamento de doulas comunitárias. Dois anos depois, 370 mulheres já estavam treinadas em 13 estados brasileiros. A ocupação não era muito conhecida naquela época, mas Recife, Belo Horizonte e Fortaleza deram continuidade ao incentivo da atuação e, hoje, têm hospitais com excelência no tratamento às gestantes. Todas são voluntárias e trabalham em um regime de 12 horas de plantão por semana.

Conhecimento

Conteúdos que uma doula aprende antes de atender as futuras mães:

» Cultura do parto

» Humanização do parto baseado em evidências científicas, com base em referências da Organização Mundial de Saúde (OMS)

» Rotinas hospitalares

» Tipos de parto

» Oficina de sexualidade

» Revisão da anatomia feminina e da fisiologia do parto

» Métodos de alívio farmacológico e não farmacológico da dor

» História da doulas e evidências científicas

» Cuidados que a doula oferece (apoio emocional no trabalho de parto, técnicas de relaxamento, exercícios para o períneo, respiração e visualização, exercícios, posições e massagens que facilitam o trabalho de parto, contato pré e pós-natal, a ética do cuidado)

» Nutrição no trabalho de parto

» Lutos e perdas no parto

» Revisão do desenvolvimento fetal

» Recepção do bebê na primeira hora

» Amamentação na primeira hora


  *Fonte: Diário de Pernambuco

20 de abril de 2012

Relato da cesárea de Érian e do nascimento da princesa Ester




Érian entrou em contato comigo pela internet (facebook ou e-mail, não lembro), quando estava com 24 semanas. Disse que gostaria do acompanhamento de uma doula e que gostaria que seu parto fosse domiciliar. Me contou que tinha uma cesárea anterior de 6 anos. Depois de mais algumas conversas ela decidiu que eu seria sua Doula.

Demorou um pouco para nos encontrarmos, até tentamos nos falar pela webcam, mas não conseguimos. Sempre me mandava noticias de como estava, como tinham sido as consultas no posto de saúde. Nesta época havia entrado em contato com uma equipe de parto domiciliar da capital,  e uma parteira. Mas não deu certo devido aos valores e condições de pagamento.

Decidimos procurar hospitais que deixariam pelo menos a doula entrar, fomos sondando e ficamos com 3 alternativas, mas a melhor opção seria o hospital de Clínicas. Um dia Érian me enviou uma mensagem dizendo que havia encontrado uma equipe numa cidade próxima. Ela estava ansiosa pelo encontro com a médica. Nesta época ela já estava com 35 semanas de gestação. A médica disse que não poderia assumi-la de imediato, pois viajaria, e talvez quando ela voltasse Ester já teria nascido. Mas combinaram de se falar na volta, se caso não tivesse ocorrido o parto. E assim foi. Érian e Fernando estavam muito satisfeitos com a conversa, e felizes, pois conseguiriam o parto domiciliar tão esperado.

Fomos nos encontrando e conversando sobre alguns aspectos do parto, intercorrências, plano B, e outras coisas. Creio que no total foram 5 encontros maravilhosos, e recheados de muita alegria. Quando Érian estava com 39-40 semanas fui pintar sua barriga, para guardarmos uma lembrança especial, e foi uma tarde fabulosa.

Estávamos só aguardando Ester dar sinal de que estava vindo, enchermos a banheira, que foi emprestada de uma amiga, e aproveitar o momento mágico que é o nascimento de uma criança. Mas nesta ultima mudança de lua, Érian me chamou no facebook e deu a má notícia...A equipe que assistiria o parto dela, não o iria fazer mais. Foi um choque! No dia seguinte fui vê-la e estava visivelmente abalada...
Disse à ela que não importava, que nós iriamos  para o hospital escolhido, que tem suite individual, com bola, cavalinho, ducha quente, “humanizado”, e que tudo daria certo. Érian não tinha medo de não conseguir, mas sim da equipe que a atenderia no hospital, e se eles a respeitariam.

Poucos dias depois da triste notícia, ela entrou em fase latente, com cólicas e dores nas costas. Uma amiga dela, que aplica acupuntura, deu uma força, estimulando alguns pontos. Contrações a cada 15 minutos, às vezes encurtavam, mas espassavam novamente. Érian contava elas a cada 3 minutos. Como eles moram a 1 hora da minha casa, decidi ir lá e partejar.Cheguei pelas 15 horas, e as contrações estavam a cada 15 minutos mesmo. Decidimos ir na Adriana fazer outra sessão de acupuntura para ver se engrenava. Érian ainda estava chateada pelo seu desejo de ter um parto domiciliar não ter acontecido. Depois da sessão as contrações começaram a vir a cada 7 minutos. Fernando fez uma torta de atum com azeitona e pimenta maravilhosa. Comemos muuuito!

Érian tentou descansar, mas não conseguiu. Foi para ducha e lá ficava um tempo, saia, ia para bola, e assim ficou. Pelas 12 hs da noite fomos todos tentar dormir. Érian já estava com contrações a cada 5 minutos, e não conseguiu dormir, relaxar. Pelas 4 hs as contrações começaram a ficar de 4 em 4 minutos e querer diminuir mais o intervalo. Érian e Fernando temeram em sair muito tarde, pegar trânsito e ter a possibilidade de Ester nascer no carro. Quase 6 hs da manhã saímos em direção ao Hospital de Clínicas. Mas no carro as contrações aumentaram de intervalo. Me dei conta de que talvez devessemos ter ficado mais tempo em casa...

Chegamos ao hospital e Érian começou a fazer a ficha, e foi para sala de avaliação. Fui com ela e Fernando aguardou no corredor. Foi preenchida uma ficha e perguntado sobre sua césarea, sobre o pré natal, exames, etc. Nisso entra uma academica. A médica fez um toque e disse que ela estava com 6 cm. Ficamos felizes. Depois veio outra médica, fez as mesmas perguntas e fez outro toque...na verdade eram 4 cmde dilatação. Ai começou a complicar. A médica alegou que como Érain tinha uma cesárea, mesmo sendo de quase 7 anos, ela deveria ficar o TP todo no monitoramento contínuo ( MAP). A indignação da minha doulanda era visível.

No quarto tentamos argumentar sobre o MAP, mas nada. Fernando ainda aguardava para entrar. Eis que surge um “pelotão” dentro do quarto, dois médicos, que ainda não tinhamos conhecido, e uns 5 acadêmicos de medicina. Érian respondeu a várias perguntas, foi avaliada por um enfermeiro (eu acho), que ficava com a mão na barriga vendo a dinâmica das contrações por 10 minutos....aff! Isso era desconfortável e Érian não estava gostando nada (eu menos ainda). Ela perguntou a médica- professora se realmente teria que ficar no MAP, pois sua cesárea era muito antiga.  A médica disse que não havia a necessidade e que pediria para deixarem ela caminhar, usar a bola...mas isso não aconteceu.  A primeira médica que a atendeu veio conversar com ela e explicar a “ imprencidível” necessidade dela ficar sendo monitorada frequentemente. Tentei argumentar, mas quase fui expulsa do local. Na realidade, minha presença incomodava muito a equipe que estava lá. Resolvi me acalmar e ficar quieta, para não correr o risco de minha doulanda ficar sem suporte.

Logo depois disso Fernando chega, e contamos tudo o que estava acontecendo. Chegou uma hora que ela queria ir no banheiro e teve que implorar para tirarem ela do MAP.  Gente sem noção, desumana ao cubo. Mas eis que às vezes surgiam enfermeiras maravilhosas e tentavam ajudar.Quando conseguimos tirar Érian do maldito MAP, disse a ela que ficasse o máximo possível no banheiro. Mas sempre, a cada hora, religiosamente a colocavam no MAP, faziam o exame de toque, às vezes dois de uma só vez, e ficam apalpando a barriga para ver a porcaria da dinâmica! Olha que saco viu! As contrações espassam sempre que entrava algum chato para fazer não sei o quê....que merda tá?! Tô puta com isso. O desrespeito era claro, e não acatavam nada do que ela pedia.

Cansada, com fome, sendo invadida o tempo todo, Érian começou a travar. Fernando e eu tentávamos animá-la, mas estava claro o cansaço, a indignação, a frustração. Estávamos sendo engolidos pelo sistema. Os médicos estavam sem paciência, porque ela não dilatava do jeito e no tempo que eles queriam. Ai começaram as intervenções. Primeiro rompimento artificial da bolsa. As contrações apertaram um pouco, fomos para ducha graças ao anjo chamado Sandra, enfermeira, que foi falar com a medica para pedir autorização. Mas 1 hora depois de novo o MAP, toque, etc, etc, etc. Depois nada de evolução, a opção ocitocina e remedinho para dor. Ai ficou punk!  E a ordinária da médica, ainda alertou, “se não dilatar nada em uma hora vamos ter que fazer cesárea!”. Em uma hora Érian dilatou meio dedo. A médica, cara de pau, deu o diagnóstico de desproporção céfalo- pélvica, com 6 dedos de dilatação....olha que merda!

Érian sabia que era mentira, mas sabia que não conseguiria mais vencer o sistema. Aceitou a cesárea dolorosamente imposta! Fernando e Érian queriam que eu ficasse com eles durante a cirurgia. Ela na verdade não queria ver nada de tão chateada que estava, mas  falei para não fazer isso... Uma enfermeira, charope,  disse que eu não podia ficar durante a cirurgia, porque não tinha mais utilidade, e que eles precisavam controlar o ambiente...acho que sou leprosa, só pode!

Mesmo assim, com todo este desrespeito, Ester nasceu muito bem, às 18:29 do dia 10 de abril, pesando 3390 gramas e medindo 51 cm de puro charme! Linda demais. Ester mama que é uma beleza. Agora estão só no aguardo para ir para casa.

Minha flor Érian, te agradeço por me deixar te auxiliar neste momento de alegria que é o nascimento de um filho. Foste guerreira, aguentou coisas que muitas não teriam aguentado. Não fique triste, agora é cuidar da pequena Ester e da fofura da Máh! Vou estar contigo, te apoiando sempre!

Fernando, também te agradeço! Deste toda força possível a Érian, e não esmoreceu um minuto sequer. Te agradeço muito mesmo!

OBS: Me desculpem os palavrões, leitores do meu blog. Mas tô de cara com tudo o que aconteceu...muito irritada, querendo fazer horrores....querendo matar 3!!! Este é um relato indignado de uma mulher, de uma mãe, de uma doula...

18 de abril de 2012

COLO NÃO VICIA: NÃO DEIXEM o BEBÊ CHORANDO!




Por: Folha de S. Paulo - 09/11/06 + Frédérick Leboyer
Colo no choro não "estraga" bebê, diz estudo.


CONFUSÃO

30% dos pais experientes pegam o bebê que chora no colo, mas não sabem se é certo.
O que fazer quando o bebê está chorando sem parar? É melhor deixá-lo ou pegá-lo no colo? Um estudo conduzido pela Queensland University of Technology e pelo River Early Parenting Centre, nos Estados Unidos, apontou que os pais devem seguir seus instintos e acalentar a criança sem ter medo de "estragá-la".
"Muitos pais de bebês com menos de 12 semanas não têm certeza se devem pegar o filho quando ele chora", diz a pesquisadora Karen Thorpe. A orientação, segundo os especialistas envolvidos na pesquisa é: devem, sim.
As respostas dos entrevistados apontaram que 20% dos pais de primeira viagem e 30% dos já experientes não têm certeza se é correto levar o recém-nascido ao colo durante uma crise de choro, mas costumam fazê-lo. Já cerca de 25% dos pais de primeira viagem e pouco mais de 10% dos pais experientes acreditam que isso pode "estragar" a criança.
De acordo com os pesquisadores, durante os primeiros três meses de vida, é fundamental para o desenvolvimento emocional e neurológico do bebê obter resposta dos pais ao choro.
A conclusão é que os pais devem confiar mais nos próprios instintos nas atividades relacionadas aos cuidados com seus filhos e valorizar menos o bombardeio de informação sobre qual seria o melhor modo de fazê-lo.
                              
O colo 
As primeiras semanas que se seguem ao nascimento
são como a travessia de um deserto.
Deserto povoado de monstros:
as novas sensações que,
brotadas do interior,
ameaçam o corpo da criança.
Depois do calor no seio materno,
depois do terrível estrangulamento do nascimento,
a enregelada solidão do berço.
A seguir, aparece uma fera,
a fome,
que morde o bebê nas entranhas.
O que enlouquece a pobre criança
não é a crueldade da ferida.
É essa novidade:
a morte do mundo que a rodeia
e que empresta ao monstro
exageradas proporções.
Como acalmar essa angústia ?
Nutrir a criança ?
Sim.
Mas não só com o leite materno.
É preciso pegá-la no colo.
É preciso acariciá-la, embalá-la.
E massageá-la.
É necessário conversar com a sua pele,
falar com suas costas
que têm sede e fome,
como sua barriga.
Nos países que preservam
o profundo sentido das coisas,
as mulheres ainda se recordam disso tudo.
Aprenderam com suas mães
e ensinarão às suas filhas
esta arte profunda, simples
e muito antiga
que ajuda a criança a aceitar o mundo
e a sorrir para a vida.
Shantala kjjm – uma arte tradicional - massagem para bebês

 Leia aqui no www.aleitamento.com várias matérias sobre CHORO do bebê:

 SEM DEIXAR O BEBÊ CHORAR ! MUITAS MANIFESTAÇÕES

 MANIFESTO INTERNACIONAL CONTRA O LIVRO "Nana Nenê"

 Livro "Nana Nenê": CONTESTAÇÃO É CIENTÍFICA

 "NÃO DEIXAR CHORAR" tem BASES CIENTÍFICAS

 TOCAR e ESTAR PRESENTE é TÃO NECESSÁRIO quanto o ALIMENTO

17 de abril de 2012

Notícia: Número de prematuros cresce 27% em dez anos no Brasil


Gente, esta é uma notícia de 2009, muito comum em 2012. O número de recém nascido prematuros é alto! Não dá para saber a idades gestacional exata. Pensem muito bem antes de tomarem um decisão que pode colocar a sua vida e a do bebê em risco. Leiam a matéria: 


FERNANDA BASSETTE
da Folha de S.Paulo

O número de nascimentos de bebês prematuros no Brasil cresceu 27% em dez anos (entre 1997 e 2006), aponta levantamento do Ministério da Saúde. O número saltou de 153.333 (5,3% do total de nascimentos) para 194.783 (6,7% do total).

Apesar de manter um aumento anual discreto, o crescimento dos casos é contínuo e pode ser observado em todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de prematuridade era de 8,4% em 1981 e chegou a 12,7% em 2007. "O mundo está passando por uma fase de transição epidemiológica perinatal, mas ainda não há estudos que expliquem as razões", afirma o pediatra e epidemiologista Marco Antônio Barbieri, professor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
Leticia Moreira/Folha Imagem
Os gêmeos Gustavo (à esquerda) e Gabriel Barbosa, 5, nasceram na 26ª semana de gestação com 785 g e 675 g, respectivamente
Os gêmeos Gustavo (à esquerda) e Gabriel Barbosa, 5, nasceram na 26ª semana de gestação com 785 g e 675 g, respectivamente
Segundo Barbieri, estudioso da prematuridade há mais de 30 anos, os dados do Brasil ainda são subnotificados. Ele diz que, em Ribeirão Preto, os prematuros representavam 6,8% dos nascimentos em 1978, saltaram para 13,5% em 1994 e eram cerca de 15% em 2008.
É por isso que ele vai iniciar o que deve ser o maior estudo sobre prematuridade no país. Serão avaliadas cerca de 14 mil crianças (em Ribeirão Preto e em São Luiz, no Maranhão) para descobrir se fatores como poluição, estresse, violência social e doméstica e infecções podem causar prematuridade. Também serão acompanhadas as consequências disso para as crianças. "O objetivo é entender essa mudança no perfil epidemiológico", diz Barbieri.
A pediatra Elsa Giuliani, coordenadora da área técnica da Saúde da Criança do Ministério da Saúde, reconhece que há subnotificação, especialmente no Norte e no Nordeste, onde mais crianças nascem em casa. Mas, segundo ela, a proporção não deve subir muito.
Ainda não se sabe o motivo exato do aumento de bebês prematuros -pelo menos 70% dos casos hoje não estão relacionados a problemas identificáveis na mãe ou no bebê. A principal hipótese é o maior número de cesáreas. Por um lado, elas salvam a vida de bebês que estão em sofrimento no útero e dificilmente chegariam ao fim da gestação; mas, por outro, as que são programadas nem sempre respeitam o tempo mínimo de gravidez.
"Existe erro de avaliação da idade gestacional. Nem sempre é possível dizer com exatidão a idade do bebê. Além disso, muitas mães se programam para fazer os partos em datas comemorativas", diz Giuliani. A quarta gestação da dona de casa Neuza Souza Brasil, 39, não chegou a termo por razões médicas. Na 26ª semana, Gustavo e Gabriel nasceram com 785 gramas e 675 gramas, respectivamente.
Eles tiveram problemas em seus primeiros anos de vida, e Gabriel, que tem má-formação na traqueia e nasceu com os pulmões pouco desenvolvidos, dependeu de oxigênio até os dois anos.
Ainda hoje, aos cinco anos, os gêmeos são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, mas têm desenvolvimento de crianças de sua idade.
PREMATURIDADE
Só 30% dos casos têm explicação científica
Quem é considerado um bebê prematuro?
Aquele que nasce com menos de 37 semanas de idade gestacional, considerando que o período normal de uma gestação vai de 37 a 40 semanas
Principais problemas
- anemia
- distúrbios da glicose no sangue
- icterícia (pele amarelada)
- pressão arterial baixa logo após o nascimento
- respiração acelerada
- infecção por vírus sincicial respiratório (VSR) e, consequentemente, maior risco de bronquiolite e pneumonia
- apneia
- retinopatia
problemas respiratórios
Fonte: Ministério da Saúde
Colaborou RACHEL BOTELHO, da Reportagem Local
Retirado daqui

16 de abril de 2012

Encontro do GAPP Luz da Vida - dia 14/04/2012

No dia 14/04, no sábado, tivemos o nosso encontro mensal do GAPP. Assistimos o belíssimo documentário parto orgásmico, e depois debatemos sobre várias questões. Gostaria de agradecer a presença de todos que foram , mas em especial a Tassiana, que se deslocou de Porto Alegre, para se juntar à nós! Venham sempre que quiserem! O encontro foi muito produtivo e esclarecedor!






14 de abril de 2012

Curiosidades da Partolândia – Por Ana Cris Duarte


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Curiosidades da Partolâdia I:Não existe dilatação de “5 dedos”. A dilatação se mede com 1 dedo, 2 dedos e a partir disso são centímetros, pois não dá para colocar 3 dedos, 4 dedos.. até dá, mas não é bonito. Então a dilatação vai em 1 dedo, 2 dedos, 3 cm, 4 cm… até 10 cm.
Curiosidades da Partolâdia II:
O que dilata é o colo do útero, aquela estrutura que fecha do útero e mantem o bebê lá dentro por 9 meses. É lá que a gente mede a dilatação. Depois disso, no canal do parto, vem só tecido elástico, que não precisa dilatar para o nascimento, mas sim “esticar”.
Curiosidades da Partolândia III:
Quando a bolsa se rompe, o bebê continua produzindo líquido amniótico através da urina, e sua cabecinha faz uma “rolha” que veda o colo do útero provisoriamente. Assim, ele sempre terá líquido amniótico ao seu redor! Não à toa que um bebê que nasce com bolsa rompida há muito tempo, frequentemente ainda vem numa torrente de água!
Curiosidades da Partolândia IV:
Não existe bebê que ficou mal porque “bebeu água do parto” ou porque “engoliu mecônio”. Bebês bebem água do parto durante metade da gestação, o tempo todo. E o mecônio é uma substância estéril e sem risco para o tubo digestivo. O perigo é a aspiração profunda de mecônio, porque obstrui os alvéolos. Já o líquido aspirado não chega a ser um problema importante.
Curiosidades da Partolândia V:
Todos os bebês nascem roxos, porque dentro do útero eles vivem o tempo todo com essa cor, sendo o útero um ambiente de baixa oxigenação. Só quando nasce e respira é que ele vai começar a ficar cor de rosa aos poucos. Portanto quando disserem “você passou da hora, tanto que nasceu roxo na cesárea”, desconfie do 171 obstétrico. Bebês nascem roxos, todos!
Curiosidades da Partolândia VI:
Todos os bebês têm algum nível de icterícia fisiológica, aquele amarelo na pele e olhos. Eles nascem com excesso de hemáceas, que ao serem degradadas produzem a bilirrubina, substância amarela. Aos poucos o fígado metaboliza e a cor da pele vai voltando ao normal. São raríssimos os casos de icterícia patológica que requerem banho de luz. A imensa maioria dos bebês internados nas UTIs neonatais privadas estão lá ajudando a pagar o equipamento, só isso.
Curiosidades da Partolândia VII:
O cordão umbilical não precisa ser cortado em nenhum momento específico. Se a família quiser, pode esperar a hora do banho da mãe, ou da pesagem do bebê. Se o bebê nasce na rua ou em casa, é para deixar o cordão ligado. O cordão não faz mal ao bebê! Não tenha pressa!
Curiosidades da Partolândia VIII:
A gravidez humana dura EM MÉDIA 38 semanas a partir da concepção ou 40 semanas a partir da última menstruação. Quando falamos que a gestante está de 28 semanas, estamos contando da menstruação. Se fôssemos falar a partir da concepção, diríamos 26 semanas. A contagem em mês é artificial e aleatória. Com 28 semanas tem gente que chama de 7 meses, tem gente que chama de 6 meses, tem gente que chama de 6,5 meses. Contagem em meses não serve para nada.
Curiosidades da Partolândia IX:
Apgar é uma nota que se dá ao bebê quando ele nasce. Não precisa fazer nada, só observar o bebê. A primeira nota se dá com 1 minuto de vida e não tem significado algum. A segunda nota se dá com 5 minutos de vida e diz mais ou menos as condições do recém nascido naquele momento. Qualquer nota acima de 7 no quinto minuto já é uma nota ótima. A nota do primeiro minuto não é levada em consideração em nenhum tipo de levantamento. É só para divertir a audiência.
Curiosidades da Partolândia X:
A medida do comprimento do recém nascido não serve para nada, o bebê sempre está encolhido, então não dá para medir. Só serve para a diversão da galera, e não entra em nenhum levantamento de saúde. Nem entra na DNV, declaração de nascido vivo. É que nem medir o bíceps de um menino de 8 anos para saber se ele é forte. Se 3 pessoas medirem o recém nascido, teremos 3 medidas diferentes. A única medida que tem função é o peso.
Curiosidades da Partolândia XI:
O cordão umbilical é preenchido de uma geléia elástica que faz com que ele seja praticamente “incomprimível”, mantendo assim os vasos sanguíneos bem protegidos. Por isso que em situações normais, circulares de cordão (seja quantas forem), não tem qualquer significado!
Curiosidades da Partolândia XII:
Na imensa maioria das situações, quem determina a entrada em trabalho de parto é o bebê. Quando seu pulmão (último órgão a amadurecer) fica pronto, começa a produzir surfactante, que cai no líquido amniótico e provoca uma reação em cadeia que faz a mulher entrar em trabalho de parto. Portanto quando a mulher não está em trabalho de parto significa que o bebê não está maduro, simples assim. Para entrar em trabalho de parto, não adianta escalda pé, acupuntura, comida apimentada e escrever cartas. O que adianta é pedir pro bebê produzir logo um pouco de surfactante!

Postado no Facebook de Ana Cristina Duarte, obstetriz que atua em São Paulo!

Retirado daqui

11 de abril de 2012

Notícia: Trabalho de parto está 2,6 horas mais longo que há 60 anos, diz estudo

Pesquisa indica que opção por cesáreas também aumentou; etapa inicial é a que dura mais


Um estudo do governo dos Estados Unidos divulgado nesta segunda-feira, 2, indica que a duração média de um trabalho de parto aumentou em duas ou três horas os últimos 60 anos. A pesquisa é do Instituto Nacional de Saúde americano e sugere que os médicos poderiam redefinir o que consideram um "trabalho de parto normal".
Peso e tamanho das mães e dos bebês mudou, o que também pode influenciar no tempo do parto - Robson Fernandjes/AE
Robson Fernandjes/AE
Peso e tamanho das mães e dos bebês mudou, o que também pode influenciar no tempo do parto
Os dados, publicados no American Journal of Obstetrics & Gynecology (Jornal Americano de Obstetrícia e Ginecologia, em português), apontam que o tempo adicional provém da etapa inicial do parto, a maior de todo o processo, antes da etapa de "empurrar" o bebê para fora.
As mães também mudaram e os filhos também mudaram. Ambos são maiores e pesam mais, segundo a pesquisa. "Quando levamos em conta esses dados demográficos, o trabalho de parto é ainda mais longo", afirmou a chefe da equipe de pesquisa, Katherine Laughon, Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano.
Katherine afirmou que o instituto não conseguiu identificar as razões da diferença do tempo, mas uma das explicações parciais seria o alívio da dor proporcionado pela anestesia epidural, que é bem mais comum agora que já 50 anos. A anestesia pode retardar um parto em um período de 40 a 90 minutos.
Os dados têm como base a análise de dois estudos governamentais realizados em décadas diferentes. O primeiro, realizado entre 1959 e 1966, incluía 39,5 mil mulheres gestantes. O outro considerou 98 mil mães entre 2002 e 2008. Todas passaram por um trabalho de parto espontâneo, ou seja, não induzido.
As mães do segundo estudo passaram cerca de 2,6 horas a mais na primeira etapa do trabalho de parto em comparação às da década de 60. As mulheres da pesquisa mais recente também foram mais propensas a usar a anestesia - 55% delas utilizaram a técnica, ante apenas 4% do grupo mais antigo. A comparação também mostrou aumento na cesárea. Apenas 3% das mulheres dos primeiro estudo usaram a técnica, ante 12% no segundo grupo.
Katherine lembrou que muitas mulheres agora preferem parto induzido ou cesáreas planejadas. Mas quaisquer que sejam as razões do aumento do tempo total, os médicos precisariam redefinir o que classificam como "trabalho de parto normal", conceito que atualmente tem base nos hábitos de 60 anos atrás.
A conclusão da pesquisadora é que já há uma nova concepção e que "precisamos redefinir o que é 'anormal' em um trabalho de parto e o momento adequado para fazermos uso das técnicas de intervenção de que dispomos".
Fonte

3 de abril de 2012

Minha 1ª "Artenabarriga" !


Olá meus queridos companheiros de jornada! 

Obrigada sempre pela presença de vocês e também, pelos comentários. Adoro quando participam!!
Vim mostrar para vocês minha Arte, fiz uma pintura na barriga da minha doulanda Érian! Sei que tenho muito que melhorar, rsrsrs, mas ela aprovou, o Fernando e a Mah também! Então estou muito feliz com o resultado!
As gestantes de Gravataí e região que se interessarem, me contatem, marcarmos uma tarde para fazermos esse presente, e eternizar este momento tão especial que é gerar um filho.


em finalização

finalizado