31 de outubro de 2011

Começando o dia maravilhada com este vídeo!! Saudades do meu queridíssimo Ricardo Jones, da maravilhosa Heloísa Lessa e o do incrível Michel Odent! Sabias palavras de Marcio Garcia. Faço das palavras da Nutricionista Andréa Garcia, mulher de Márcio Garcia, as minhas palavras. Tento todo dia superar a dor de cair numa cesárea sem necessidade (meu filho não tinha prazo de validade), mas a cicatriz que esta no meu corpo não me deixa esquecer... Meu filho se lembra do abandono que sentiu quando nasceu, e chora quando vê as fotos. Aos profissionais que dizem que Humanizar não é romantizar o parto...DESCORDO! O parto é AMOR, e o romantismo naturalmente vai existir!!

29 de outubro de 2011

Estudo indica que estresse da mãe afeta bebê no útero!


google imagem
Minhas queridas gestantes! Muito interessante este estudo, leiam com atenção e tentem ter uma gravidez tranquila!! Leiam...
Alterações biológicas em receptor de hormônios podem prejudicar a criança no futuro

O estresse de uma mãe pode afetar seu bebê ainda no útero, produzindo efeitos a longo prazo na vida da criança, sugerem pesquisadores alemães. A equipe da Universidade de Kontanz, na Alemanha, observou que houve alterações biológicas em um receptor de hormônios associados ao estresse em fetos cujas mães estavam sob tensão intensa - por exemplo, por conviverem com um parceiro violento. As alterações sofridas pelo feto podem fazer com que a própria criança seja menos capaz de lidar com o estresse mais tarde. Essas alterações foram associadas, por exemplo, a problemas de comportamento e doenças mentais. As conclusões, baseadas em um estudo limitado feito com apenas 25 mulheres e seus filhos - hoje com idades entre 10 e 19 anos -, foram publicadas na revista científica Translational Psychiatry. Os pesquisadores fazem algumas ressalvas: eles explicam que as circunstâncias das mulheres que participaram desse estudo eram excepcionais, e que a maioria das mulheres grávidas não seria exposta a graus tão altos de estresse durante um período tão longo. A equipe enfatiza também que os resultados não são conclusivos, e que muitos outros fatores, entre eles o ambiente social em que a criança cresceu, podem ter desempenhado um papel nos resultados. Mas os especialistas alemães suspeitam que o ambiente primordial, ou seja, o do útero, tenha papel crucial.

 Investigação
 O estudo envolveu análises dos genes das mães e dos filhos adolescentes para a identificação de padrões pouco comuns. Alguns dos adolescentes apresentaram alterações em um gene em particular - o receptor de glucocorticoide (GR) - responsável por regular a resposta hormonal do organismo ao estresse. Esse tipo de alteração genética tende a acontecer quando o bebê está se desenvolvendo, ainda no útero. A equipe disse acreditar que ela seja provocada pelo estado emocional ruim da mãe durante a gravidez.  

Sensibilidade
 Durante a gravidez, as mães participantes viveram sob ameaça constante de violência por parte de seus maridos ou parceiros. Entre dez ou vinte anos mais tarde, quando os bebês, já adolescentes, foram avaliados, os especialistas constataram que eles apresentavam alterações genéticas no receptor GR não observadas em outros adolescentes. A alteração identificada parece tornar o indivíduo mais sensível ao estresse, fazendo com que ele reaja à emoção mais rapidamente, dos pontos de vista mental e hormonal. Essas pessoas tendem a ser mais impulsivas e podem ter problemas para lidar com suas emoções, explicam os pesquisadores - que fizeram entrevistas detalhadas com os adolescentes. Um dos líderes da equipe da Universidade de Kontanz, Thomas Elbert, disse: "Nos parece que bebês que recebem de suas mães sinais de que estão nascendo em um mundo perigoso respondem mais rápido (ao estresse). Eles têm um limite mais baixo de tolerância ao estresse e parecem ser mais sensíveis a ele". A equipe planeja agora fazer estudos mais detalhados, acompanhando números maiores de mulheres e crianças para verificar se suas suspeitas serão confirmadas. Comentando o estudo, o médico Carmine Pariante, especialista em psicologia do estresse do Instituto de Psiquiatria do King's College London, disse que o ambiente social da mãe é de extrema importância para o desenvolvimento do bebê. Segundo ele, durante a gravidez, o bebê é sensível a esse ambiente de uma forma única, "muito mais, por exemplo, do que após o nascimento. Como temos dito, lidar com o estresse da mãe e com a depressão durante a gravidez é uma estratégia importante, clínica e socialmente".


 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110719_estresse_mae_feto_mv.s

Retirado de : http://cantinhodaenfermeiraregina.blogspot.com/2011/09/estresse-da-mae-afeta-bebe-no-utero.html#comment-form

20 de outubro de 2011

Trabalho de parto - parte 6

A dequitação da placenta 

O bebê nasceu! Húmido, pulsante, ele é colocado encima de ventre de sua mãe e a família finalmente se conhece. Porém, o trabalho de parto ainda não terminou e ambos, mãe e filho, ainda têm muito o que fazer!

A primeira tarefa do bebê é respirar, o que ele vai aprendendo aos poucos, durante os últimos minutos em que a placenta o alimenta através docordão umbilical. O bebê nem sempre chora na hora em que nasce, às vezes só faz uns barulhinhos e dá um ou dois gritos maiores, depois se acalma.

Se o ambiente for tranquilo, com luz baixa e calor ambiente, ele se sentirá confortável, abrirá os olhos e olhará com muita atenção para tudo que estiver próximo dele (ele enxerga a uns 40 cm de distância, mais ou menos). Ele olhará o rosto de sua mãe e de seu pai, e ficará em estado de alerta tranquilo, observando e absorvendo tudo a sua volta.


Em seguida, começará a se arrastar para o seio da mãe e o abocanhará, como mostra o vídeo acima. A felicidade da mãe chegará ao extremo graças a isso, e ela produzirá uma segunda grande onda de ocitocina endógena. Como já mencionado, a ocitocina produz contrações do útero, e isso fará com que nasça a "companheira do bebê", a placenta.

Durante nove meses, o bebê esteve dentro do útero, tendo como únicos companheiros e objetos de interação a placenta e o cordão umbilical. Parteiras tradicionais dizem que a mulher que ainda não dequitou "não está prenha nem parida" e é importante que a placenta saia todinha, completa, pois se ficar algum pedacinho lá dentro, pode causar infecção e até morte.

As contrações do útero, intensificadas pela ocitocina criada com a sucção do peito pelo bebê, permitem que a placenta seja expulsa, sem precisar ser puxada, como se vê no minuto 5:40 do vídeo abaixo.


Uma vez saída a placenta, o parto acabou e a parturiente passa a ser uma puérpera. É nesse momento, geralmente, que se faz a avaliação para ver se occorreu laceração, e, se necessário, fazem-se alguns pontinhos. (Falaremos mais adiante sobre as lacerações e como evitá-las)

E assim ocorre o trabalho de parto. Se esqueci de mencionar alguma coisa, por favor, me avisem!

Espero que este post ajude muitas mulheres a se familiarizarem um pouco mais com o processo de parto.

Beijos a todas!


Fonte: http://adeledoula.blogspot.com/2011/10/o-trabalho-de-parto-parte-5_11.html

Trabalho de parto - parte 5

O período expulsivo

O expulsivo é o período do parto em que o bebê efetivamente nasce. Para fazer isso, ele precisa girar, pois o canal de parto não é um tubo reto, e sim um caminho tortuoso e cheio de obstáculos. As imagens abaixo mostram como o feto gira e se encaixa na pelve para então nascer:



Enquanto faz este percurso, o corpo do bebê é apertado no canal de parto, ele é todo "espremido", como uma esponja, e se esvazia de tudo que estava dentro de seus pulmões e estômago.

É importante lembrar que os órgãos reprodutivos da mulher têm uma capacidade elástica muito grande. O útero vazio não mede mais de 8cm de diâmetro, e se expande para sustentar um bebê, sua placenta e líquido amniótico, que às vezes passam dos cinco kilos. A vagina da mulher também faz coisas incríveis. É um espaço virtualmente inexistente, ou seja que só existe quando preenchido. Quando não tem nada dentro, as paredes da vagina se tocam. Quando inserido um dedo, ela tem o tamanho de um dedo, e ela se adapta exatamente à forma e ao tamanho do que a preenche, inclusive um bebê!

Além disso, o corpo da mulher produz um hormônio chamado relaxina, que "amolece" seus ligamentos e permite que até certos ossos fiquem flexíveis! Assim, a pelve da mulher também dilata para permitir a passagem do bebê. E a cabeça do bebê também se modifica para passar pelo canal de parto, ela estica. É para isso que ela tem aquelas partes moles, as fontanelas.



Resumindo: mãe e bebê vão adaptar seus corpos para o nascimento, e ambos são feitos de forma que seus corpos voltem ao normal depois.

Ouvimos muito falar em lacerações e cortes necessários para passar o bebê. Efetivamente, às vezes eles ocorrem. Na maioria dos relatos que li, eu percebi uma relação entre o fazer força na hora do expulsivo, e a posição do parto, e a presença de lacerações. A mulher só deve fazer força quando sentir vontade, na posição e do jeito que sentir vontade. E, se não fizer força e apenas relaxar, o parto ocorrerá mesmo assim, pois o corpo trabalha quase que independentemente da vontade da mulher nesse ponto do TP. É importante não inibir a mulher que sente vontade de fazer força: nessa hora, quem manda é o instinto.

A saída do bebê é marcada por sensações novas, que a mulher nunca experienciou na vida até então. Algumas mulheres comparam certos aspectos do nescimento à aspectos da vida sexual, e algumas chegam a sentir muito prazer nesse momento. Na maioria dos relatos, as mulheres dizem que a dor das contrações passa para um segundo plano, outras dizem que cessa, e que as sensações são completamente diferentes.


A descida da cabeça do bebê termina com a coroação, quando o topo da cabeça aparece do lado de fora. Esta parte do canal de parto é a que tem os músculos mais fortes, e às vezes a mulher tende a contrair esses músculos por causa da dor que está sentindo. Isso dificulta a passagem do bebê, aumenta a dor e as chances de lacerações. A mulher deve tentar relaxar ao máximo a vagina durante a passagem do bebê. Uma boa têcnica é falar AAAAAAAAAAAAAAAAA!, pois, ao relaxar a garganta, a mulher relaxa também a vagina.

A coroação do bebê também é chamada de círculo de fogo, pois a sensação é de ardor, como quando tentamos fazer sexo sem a devida lubrificação. Algumas mulheres sofrem mais do que outras nesse momento. Após a passagem da testa do bebê, porém, o diâmetro da cabeça vai diminuindo e o círculo de fogo vai passando.

Na maioria dos partos, o bebê para com a cabeça para fora e o corpo ainda dentro da mãe. Ele sairá na contração seguinte, que pode demorar alguns minutos. Os ombros saem um de cada vez e, depois que passam, o corpo sai de uma vez, como um sabonete molhado! Pluft! E a dor cessa. Completamente.

Em seguida, se a família estiver em um hospital humanizado, ou em casa, o bebê será colocado diretamente encima da barriga da mãe, e um fenômeno interessante ocorrerá.


ocitocina endógena, que estava sendo produzida em grandes quantidades para aliviar a dor, agora está sendo produzida sem que haja dor, e acontece o que se chama de pico de ocitocina. Esse pico de ocitocina produz uma sensação de imenso amor e prazer, a sensação de se apaixonar, que, juntamente com o alívio pela dor ter acabado e da alegria pela chegada do bebê, criam o que Michel Odent, obstetra francês, chama de momento ideal para o estabelecimento do vículo mãe-bebê. Ainda ligados pelo cordão umbilical, pulsando juntos em uma euforia física e mental, eles se olham e se conhecem, o bebê recebe seu nome e seu lugar, a mulher vira mãe e o homem, pai. Mais nada será como antes...

Ao expulsivo, segue-se a dequitação da placenta.

O Trabalho de Parto - Parte 4

A fase de transição

A fase de transição é um momento muito interessante do parto. Ela dura relativamente pouco tempo, quando comparada com as duas fases que a precederam: começa quando a mulher tem lá pelos 7 ou 8 centímetros de dilatação e termina quando atinge a dilatação completa, que é de 10 centímetros "oficialmente". (eu digo oficialmente, porque essa é uma média, algumas mulheres dilatam mais do que isso. Mas é o tamanho mínimo que os médicos exigem para a expulsão do bebê.)


Essa fase é marcada por um fenômeno muito interessante, que já começa no final do TP Ativo. Por causa dos níveis deocitocina, que vão subindo junto com a intensidade das contrações, e nessa hora já estão bem elevados, a mulher começa a entrar em um estado de transe, similar ao que acontece durante a excitação sexual. Esse estado é chamado de partolândia. Parece que ela se vira para dentro de si mesma, olha para sua alma. As pessoas falam com ela e ela nem responde, ou diz coisas incoerentes. Muito do que fala tem a ver com o que está sentindo. Ela geme e se mexe, respira profundamente, e depois de maneira acelerada, busca a melhor posição, que logo já não é mais confortável e começa tudo de novo.

Nesta fase, a parte consciente e racional da mulher já não está mais presente, e o que resta é a Fêmea em seu sentido mais essencial e irracional. Esse estado "animal" é essencial para que a mulher coloque seu filho no mundo, pois é de sua essência animal que ela vai tirar a força necessária para fazê-lo. A parte consciente da mulher ressurge apenas em poucos instantes, onde ela duvida de si mesma, diz que não vai conseguir, pede anestesia, pede cesariana. Esse é um sinal: é chamado de "hora da covardia" e indica que o trabalho de parto está chegando ao fim. Nessa hora, é necessário reforçar a crença da mulher em sua capacidade de parir, e confiar nela. Quando isso acontece, ela deixa de lado todo o medo que acompanha a consciência, e se entrega. Seu corpo trabalha sozinho, seu instinto domina: ela sabe o que está fazendo, e se não sabe, seu corpo sabe.

Nessa hora, a cabeça do bebê, em sua descida lenta, começa a fazer pressão na área próxima do intestino grosso e do ânus, e a mulher começa a sentir uma vontade incontrolável de fazer força. Alguns relatos comparam essa sensação com a sensação de precisar desesperadamente cagar. Não adianta ficar de frescurinha nessa hora, a palavra é essa. Efetivamente, em alguns casos, a mulher faz um pouco de cocô, sim, mas uma equipe bem treinada nem fará menção do ocorrido, para não deixar a mulher com vergonha, pois nessa hora, qualquer coisa que impedir a entrega total da mulher às necessidades da partolândia pode atrapalhar o andamento do parto.

Ao atingir 10 centímetros de dilatação, se inicia a fase do expulsivo.

O Trabalho de Parto - Parte 3

O trabalho de parto ativo

O trabalho de parto ativo é marcado pela presença de contrações regulares, de 5 em 5 minutos em média, que vão ficando cada vez mais próximas e intensas.


Nessa hora, o papel dos hormônios é essencial. A mulher em trabalho de parto libera um coquetel de hormônios, cujo ingrediente principal é aocitocina endógena (produzida pela própria mulher, na hora do orgasmo e do parto) que, além de produzir contrações, é um anestésico natural: ela traz uma sensação de bem-estar e prazer. Conforme as contrações vão ficando mais fortes, o corpo vai produzindo mais ocitocina, na medida certinha para aniquilar a dor, completamente. Por isso, assim que a contração para, a dor também para, e a mulher que consegue relaxar entre as contrações se sente muito bem. A ocitocina endógena ajuda a aumentar as contrações E a aliviar a dor ao mesmo tempo. Muito perfeito, não?

Enquanto a mãe recebe este coquetel de hormônios, o bebê também recebe umas mensagens químicas específicas que o preparam para o nascimento. Até a hora do parto, o bebê esteve dentro do líquido amniótico, treinando os movimentos de engolir e respirar lá dentro. Ele com certeza tem líquido amniótico dentro do estômago e dos pulmões. Mas ele também está PRODUZINDO líquido nos pulmões, que servem para impedir que os alvéolos se esvaziem completamente e grudem. Na hora em que o TP ativo começa, o bebê recebe uma mensagem química: ele pára de produzir líquido nos pulmões e passa a reabsorver o líquido que já tem lá. É nesse momento que o amadurecimento dos pulmões acontece. E é por isso que as doulas são tão chatas com essa história de "deixar o TP, pelo menos, começar naturalmente", porque, realmente, para o bebê, faz uma diferença enorme!

Nessa fase, as contrações vão ficando mais fortes e ritmadas. Essa fase pode variar muito em tempo, e reza a lenda que é mais longa na primeira gestação da mulher, mesmo que isso varie muuuuuito de mulher para mulher e de parto para parto. Acredito eu que o tempo do TP tenha relação com o tempo necessário para o amadurecimento dos pulmões do bebê, e por isso, quem controla o tempo do TP é o bebê e não a mãe.

É nessa fase que a mulher passa a sentirmais dor, e é nessa fase também que o papel da doula é mais apreciado, pois ela ajuda a aliviar essa dor sem precisar recorrer à anestesia. A doula faz massagens, compressas, indicaposições que aliviam a dor e que de quebra ainda aceleram o TP (veremos isso mais adiante, em detalhes), e ainda ajuda a manter o papai tranquilo. Sim, porque, geralmente, nesse momento, muitos papais entram em pânico!

Pense comigo: você vê sua parceira sentindo dor, gemendo, e tudo que você quer é poder aliviar a dor dela, nem que seja insistindo para ela tomar uma anestesia, né? Pois é, muito lógico! Por isso a doula está lá, para indicar aos papais outras maneiras de ajudar que não seja oferecendo uma anestesia, afinal, a experiência do parto é muito interessante e poder vivê-la em plenitude é muito enriquecedor para a mulher!

A fase do TP ativo termina quando a mulher está com mais ou menos 7 para 8centímetros de dilatação. (Outro dia, passei na frente de uma aula lá no CEUB, e a professora estava explicando para as alunas que a dilatação da mulher era de nove DEDOS (!?!) Eu arrepiei!!! Não é dedo! É centímetro! Fiquei imaginando as coitadas das pacientes que vão ser atendidas por essas enfermeiras (?) depois...).

Em seguida se inicia a fase de transição.



Fonte: http://adeledoula.blogspot.com/2011/10/o-trabalho-de-parto-parte-3_11.html

15 de outubro de 2011

O Trabalho de Parto - Parte 2


Continuando a série de textos escrito pela Adele!

A fase latente

Quando a gestante começa a sentir contrações ritmadas, de 20 em 20 minutos, de 15 em 15, etc. ela pode considerar que entrou realmente em trabalho de parto. As contrações são responsáveis por empurrar a cabeça do bebê sobre o colo do útero, produzindo a dilatação, e também porenviar um sinal para o bebê de que é hora de se preparar para nascer, e ajudá-lo a se posicionar para sair.


Uma coisa relatada por muitas mulheres nesse momento é um pico de energia inexplicável. Algumas sentem uma vontade louca de andar, correr, pular, outras ligam o "modo faxina" e limpam tudo, organizam a casa, as roupinhas do bebê, a bagagem da maternidade... É interessante observar que, nessa hora, geralmente é recomendado que a gestante tente descansar, dormir um pouco, para guardar forças para os momentos mais cansativos do parto, sendo que, na maioria dos casos, é o que ela MENOS quer fazer!

A fase latente é um momento muito interessante, pois é muito cedo para ir para a maternidade, as dores são suportáveis, e o casal está em casa, sabendo da chegada iminente do bebê. Muita coisa acontece neste momento. É um momento em que muitos casais aproveitam para se reconectar, se abraçam, se emocionam. As interações amorosas, carinhos, chamegos, beijos apaixonados, e até mesmo uma relação sexual (se a bolsa amniótica ainda não tiver rompido), são muito bem-vindas, pois iniciam o trabalho de liberação de ocitocina, o hormônio do prazer, que é tão importante durante o TP.

Para algumas mulheres que não resolveram bem seus conflitos emocionais durante a gestação, este pode ser um momento difícil, onde omedo e a angústia aumentam, ou onde ela fica tão sensível que chora por tudo. É bom que isso aconteça agora, quando o trabalho de parto ainda não começou a ficar muito intenso, e é importante deixar que ela "bote para fora", chore tudo que tiver de chorar, diga tudo que quiser dizer. Assim, na hora do parto, ela poderá se concentrar, sem estar presa à esses outros assuntos, que, por incrível que pareça, são capazes de travar completamente o parto, quando não resolvidos.

Quando a gestante passa a sentir contrações mais próximas umas das outras, de 6 em 6 ou 5 em 5 minutos de intervalo (mais ou menos 5cm de dilatação), ela entra na chamada fase ativa do trabalho de parto.

http://adeledoula.blogspot.com/2011/10/o-trabalho-de-parto-parte-2_11.html

11 de outubro de 2011

O Trabalho de Parto - Parte 1

Uma série de textos escrito pela futura doula Adele. Tenho certeza de que irá tirar muitas dúvidas das futuras mamães! Leiam...


Os pródromos

Os pródromos são o início do trabalho de parto. Sua característica é a presença decontrações irregulares do útero. Um desconfortozinho que vai e vem, às vezes pára, depois vem mais forte, depois pára de novo por um tempo, etc. Os pródromos podem durar bastante tempo, até dias. Em alguns relatos as mulheres sentem contrações todos os dias em um determinado horário, depois elas cessam, e isso durante até algumas semanas, antes de realmente entrar em TP.

A saída do tampão mucoso, que as mulheres tanto ouvem falar, também acontece nessa fase, e é um dossinais visíveis de que o TP se aproxima. O tampão é geralmente descrito como tendo uma "textura que parece meleca de nariz", um muco meio sanguinolento. Algumas mulheres percebem apenas umas manchinhas avermelhadas na calcinha.

Outra coisa relatada por muitas mulheres nesse momento é um pico de energia inexplicável. Algumas sentem uma vontade louca de andar, correr, pular, outras ligam o "modo faxina" e limpam tudo, organizam a casa, as roupinhas do bebê, a bagagem da maternidade... É interessante observar que, nessa hora, geralmente é recomendado que a gestante tente descansar, dormir um pouco, para guardar forças para os momentos mais cansativos do parto, sendo que, na maioria dos casos, é o que ela MENOS quer fazer!



Os pródromos são um momento muito interessante, pois é muito cedo para ir para a maternidade e o casal está em casa, sabendo da chegada iminente do bebê. Muita coisa acontece neste momento. É um momento em que muitos casais aproveitam para se reconectar, se abraçam, se emocionam. As interações amorosas, carinhos, chamegos, beijos apaixonados, e até mesmo uma relação sexual (se a bolsa amniótica ainda não tiver rompido), são muito bem-vindas, pois iniciam o trabalho de liberação de ocitocina, o hormônio do prazer, que é tão importante durante o TP.


Para algumas mulheres que não resolveram bem seus conflitos emocionais durante a gestação, este pode ser um momento difícil, onde o medo e a angústia aumentam, ou onde ela fica tão sensível que chora por tudo. É bom que isso aconteça agora, quando o trabalho de parto em si ainda não começou, e é importante deixar que ela "bote para fora", chore tudo que tiver de chorar, diga tudo que quiser dizer. Assim, na hora do parto, ela poderá se concentrar, sem estar presa à esses outros assuntos, que, por incrível que pareça, são capazes de travar completamente o parto, quando não resolvidos.


Quando as contrações passam a ser mais ritmadas, de 20 em 20 minutos, de 15 em 15, etc. a gestante entra na segunda fase, o trabalho de parto ativo.


http://adeledoula.blogspot.com/search?updated-max=2011-10-10T14%3A10%3A00-07%3A00&max-results=2

8 de outubro de 2011

A importância do Plano de Parto

Na hora do trabalho de parto a mulher se interioriza, fica desligada do mundo, focada na hora do parto. É complicado ela estar alerta e verificando se vão atender os desejos dela, e muitas vezes o companheiro não sabe o que fazer. Portanto escrever, e deixar bem claro os procedimentos e intervenções que não se permite fazer, é muito importante! E o porquê..

Porque fazer?

Os casais brasileiros estão percebendo cada vez mais que os médicos e profissionais da saúde bem-intencionados nem sempre têm respaldo científico que sustentem as práticas obstétricas comuns e que muitas dessas práticas são adotadas simplesmente por serem parte de uma tradição médico-hospitalar.
Nos últimos quarenta anos muitos procedimentos artificiais foram introduzidos, de modo a transformar o nascimento de evento fisiológico natural em um complicado procedimento médico no qual todo tipo de droga é usada, todo tipo de procedimento é aplicado, muitas vezes desnecessariamente e alguns dos quais potencialmente prejudiciais ao bebê e até à mãe.
Está cada vez mais claro que todos os aspectos dos cuidados médicos hospitalares tradicionais no Brasil devem ser revistos e questionados criteriosamente sob a luz do respaldo científico em relação aos possíveis efeitos sobre o bebê e a parturiente.
A gestante/parturiente tem o direito de participar das decisões que envolvem seu bem estar e o do bebê que ela está gestando, a menos que haja uma inequívoca emergência médica que impeça sua participação consciente. Ela tem o direito de saber exatamente os benefícios e prejuízos que cada procedimento, exame ou manobra médica pode provocar a ela e/ou ao seu bebê. 
Todas essas informações devem ser fornecidas com base nas evidências científicas. Abaixo você poderá se inteirar das variáveis que acontecem no atendimento ao parto, sobre as quais você pode ter alguma influência. Ao lado de cada variável, procedimento ou atitude, segue uma explicação baseada em evidências científicas.
Esses detalhes podem fazer uma grande diferença para o seu parto, tornando-o uma experiência mais intensa e enriquecedora para toda a família. Analise-as com cuidado junto ao seu parceiro e explique ao seu médico o quanto elas são importantes para você.

DURANTE O TRABALHO DE PARTO
Você Quer?
Explicação
1) Presença de um acompanhante de sua escolha durante todo o parto, da admissão ao nascimento.
Elimina o estresse da separação. Seu parceiro pode provê-la com suporte emocional durante o trabalho de parto e durante todos os procedimentos necessários. A presença do pai propicia a formação dos laços familiares com o novo membro que vai nascer. É direito garantido por lei federal.
2) Presença de outras pessoas da família ou amigos durante o trabalho de parto e parto.
A presença de outras pessoas da família ou amigos pode significar mais apoio para você e seu parceiro. Não há aumento na incidência de infecções, desde que essas pessoas não apresentem sinais de doença (por exemplo, coriza ou diarréia)
3) Lavagem Intestinal (Enema, Fleet-Enema, Enteroclisma).
A lavagem intestinal é desconfortável e desnecessária se você teve funcionamento normal do intestino nas últimas 24h. No entanto, se você estiver constipada, poderá a qualquer momento solicitar uma aplicação.
4) Liberdade para caminhar.
Caminhar estimula o útero a funcionar eficientemente. Os trabalhos de parto que incluem livre caminhar são mais curtos e menos propensos a receber medicamentos analgésicos.
5) Liberdade para mudar de posição.
Sentar, deitar de lado, ajoelhar, acocorar, cada posição pode funcionar melhor ou ser mais confortável em diferentes momentos do trabalho de parto.
6) Uso da água no trabalho de parto.
Passar parte(s) do trabalho de parto sob o chuveiro ou imersa numa banheira diminui a necessidade de medicamentos para dor.
7) Bebidas e alimentos com alto teor de carboidratos e pouca gordura à vontade.
Alimentos ricos em carboidratos e pobres em gordura permitem digestão rápida e suprimento energético necessário durante o trabalho de parto. Líquidos previnem a desidratação.
8) Água e bebidas leves.
Você pode ficar com a sensação de boca seca por causa das técnicas de respiração.
9) Objetos pessoais (camisola pessoal, música, flores).
Objetos familiares podem melhorar a experiência do parto ao permitir um melhor relaxamento e mais conforto.
10) Tricotomia (raspagem dos pelos pubianos) apenas se desejado.
A raspagem dos pelos não diminui a incidência de infecções e o crescimento no período de pós-parto pode ser bastante desconfortável.
11) Infusão intravenosa apenas se houver indicação médica.
A infusão intravenosa restringe a mobilidade e interfere no relaxamento. A ingestão de líquidos leves no trabalho de parto reduz a chance de desidratação. As hemorragias em partos espontâneos e não medicamentosos são muito raras para justificar o uso de infusão preventiva.
12) Monitoramento fetal eletrônico apenas se houver indicação médica.
Em parturientes de baixo risco, a auscultação intermitente dos batimentos cardíacos fetais por uma enfermeira ou parteira treinada demonstrou ser tão efetivo quanto o uso do monitoramento fetal eletrônico. Além disso, o aparelho restringe o movimento, podendo ser também bastante incômodo. Geralmente as mulheres são instruídas a deitar de costas, posição que pode ser muito desconfortável e ter ação negativa sobre o trabalho de parto e o bebê. O uso intermitente do monitor pode ser uma alternativa.
13) Rompimento espontâneo da bolsa das águas.
O líquido amniótico contido na bolsa tem um efeito de proteção, equalizando a pressão sobre o bebê, o que resulta em menos pressão na cabeça. O rompimento artificial das membranas aumenta as chances de infecção e cria um limite de tempo para o parto, além de resultar em contrações geralmente mais dolorosas.
14) Medicação para alívio da dor administrada apenas quando solicitado por você e com informações completas sobre possíveis efeitos sobre você, o bebê e o trabalho de parto.
Todo e qualquer medicamento tem um efeito potencial que pode afetar você, seu bebê e seu trabalho de parto. Saber de antemão os benefícios e riscos dos medicamentos usados pelo médico permitem que você faça escolhas conscientes.
15) Presença de acompanhante de parto profissional para suporte contínuo (massagista, fisioterapeuta,doula, enfermeira ou obstetriz sem vínculo com o hospital).
Um profissional experiente, que tenha um comprometimento com você em relação ao tipo de parto que você deseja, pode oferecer importantes informações adicionais. A presença de uma doula pode reduzir suas chances de ter uma cesárea em até 50%, tornar o trabalho de parto mais curto, fazer o uso de ocitocina menos necessário, reduzir a necessidade de anestesia e de uso do forceps. Uma massagista ou terapeuta corporal pode utilizar técnicas de alívio dos desconfortos do parto. 
16) Ocitocina ou drogas de efeito similar para indução ou aceleração do trabalho de parto apenas sob necessidade médica.
As contrações induzidas por ocitocina são mais difíceis de serem suportadas do que as contrações naturais, tanto para você como para o bebê. Os riscos do parto induzido incluem restrição do suprimento de oxigênio do bebê e parto prematuro. As complicações decorrentes do uso de ocitocina podem aumentar as chances de uma cesárea ser necessária.
17) Uso de suíte de parto ou a mesma sala/quarto para o trabalho de parto e parto.
Isso evita que você seja transferida às pressas, geralmente deitada de costas numa maca, da sala de pré-parto para a sala de parto, durante a fase de expulsão. Muitos hospitais já oferecem as “suítes de parto” ou “LDR (Labor and Delivery Room)” onde a parturiente fica durante todo o trabalho de parto, parto e recuperação. O uso do apartamento fora do centro obstétrico para o parto normal de baixo risco, sem intervenções, também é uma excelente opção.
DURANTE O PARTO EM SI
Você Quer?
Explicação
1) Posição para expulsão confortável (para você) e eficiente.
A posição semi-reclinada (quase sentada), deitada sobre o lado esquerdo, de joelhos ou cócoras pode ser bem mais confortável do que ficar deitada de costas. Deitar de costas comprime o cóccix, diminui o diâmetro da pélvis, pode ser desconfortável e faz o útero pesar sobre artérias importantes, impedindo um bom fluxo sanguíneo. Acocorar-se faz diminuir o comprimento do canal de parto, aumenta a abertura da pélvis, e faz as contrações serem mais eficientes, já que o trabalho está sendo auxiliado pela gravidade.
2) Não usar estribos ou perneiras.
A posição de litotomia, na qual você se deita de costas e coloca os pés nos estribos ou perneiras, faz com que o parto seja um esforço contra a gravidade e força você a empurrar o bebê para cima. Estribos abertos, embora dêem ao médico uma excelente visão do campo de trabalho, fazem o períneo esticar demasiadamente, aumentando as chances de laceração.
3) Episiotomia apenas se for necessário.
Ao permitir que a cabeça do bebê emerja vagarosamente, apenas sob as forças uterinas, o períneo tem maiores chances de distensão, o que minimiza as chances de lacerações. A recuperação da episiotomia pode ser bastante desconfortável. A cicatriz muscular pode afetar posteriormente o prazer sexual. A episiotomia diminui o período expulsivo, podendo ser necessária em caso de sofrimento fetal ou se for preciso o uso do fórceps. Muitos profissionais de saúde fazem a episiotomia rotineiramente, independente de ser necessária, o que não tem qualquer justificativa aceitável.
4) Anestesia peridural ou raquidiana apenas se for necessária alguma intervenção cirúrgica ou a pedido materno.
A anestesia é desnecessária na maioria dos partos sem complicações, sem o uso de ocitocina e com liberdade de posição. No caso de uma episiotomia, um anestésico local pode ser aplicado na hora. 
5) Nascimento suave (Parto Leboyer).
O nascimento Leboyer é uma atitude, mais que um procedimento. Diminui o trauma sensorial e físico do bebê na hora no nascimento.
6) Clampeamento do cordão apenas depois que parar de pulsar.
O clampeamento tardio permite que o bebê continue recebendo oxigênio pelo cordão umbilical enquanto o sistema respiratório começa a funcionar. Diminui o risco de anemia em bebês até 6 meses.
7) O Pai corta o cordão umbilical.
Aumenta a participação do pai no nascimento.
8) Bebê colocado imediatamente no seu colo (ou sobre a barriga ou nos seus braços).
O contato imediato pele-a-pele é benéfico. Se mãe e bebê forem cobertos com uma manta, a temperatura do bebê é mantida.
9) Bebê amamentado assim que possível.
A sucção do bebê estimula a produção materna de ocitocina, que induz o delivramento da placenta e reduz o sangramento pós-parto. O reflexo de sucção do bebê é mais forte nas primeiras horas após o nascimento. O colostro age como um laxativo, limpando o trato intestinal do bebê do muco e do mecônio.
10) Antibiótico oftálmico ou nitrato de prata apenas depois do período de formação do vínculo (primeiras horas após o parto).
Esses produtos interferem na visão do bebê, que é muito importante durante o período de vínculo, logo após o parto. Caso a mãe não seja portadora de gonorréia, o nitrato de prata não tem qualquer utilidade e pode provocar conjuntivite química no recém-nascido.
11) Placenta expulsa espontaneamente da parede do útero.
Tração ou massagem pode fazer com que parte do tecido placentário permaneça no útero, podendo provocar infecção e hemorragia pós-parto.
12) Vínculo precoce mãe-bebê.
As primeiras horas após o parto são muito importantes no desenvolvimento da ligação afetiva entre os pais e o bebê. Eles não deveriam ser separados em nenhum momento.
13) Tirar fotografias ou filmar durante o parto.
São formas maravilhosas de se lembrar desses momentos incríveis, desde que não atrapalhem a concentração da mãe ou impeçam o pai de participar ativamente no auxílio à sua companheira. Algumas mulheres sentem-se constrangidas, discuta a questão antes.
PÓS-PARTO
Você Quer?
Explicação
1) Amamentar.
Em termos nutricionais, o seu leite é o alimento perfeito para o seu bebê. A amamentação é uma experiência emocionalmente gratificante tanto para o bebê como para a mãe e é econômica. Ajuda o útero a contrair e voltar mais rapidamente ao tamanho normal.
2) Não deverá haver separação entre mãe e bebê a menos que haja indicação médica.
O contato contínuo mãe-bebê favorece a formação do vínculo entre eles. Aumenta as oportunidades para a equipe de enfermagem oferecer instruções sobre os cuidados com o recém-nascido. Os primeiros banhos podem ser dados no quarto da mãe.
3) Não oferecer ao bebê água, leite em pó (fórmulas), chupeta ou bicos.
O oferecimento de bicos e mamadeiras ao bebê pode provocar confusão, já que exigem uma ação diferente da língua, comparada à da amamentação natural. Se o bebê é alimentado no berçário entre as mamadas, ele não vai sugar adequadamente para o estímulo mamário da produção de leite.
4) Alojamento conjunto 24 horas.
Permite contato íntimo entre pais e bebê, favorecendo a formação do vínculo. Você poderá amamentar sob livre demanda e aprender os primeiros cuidados com seu bebê ainda sob a supervisão das enfermeiras.
5) Pai deverá ficar no apartamento com mãe e bebê até a alta.
Reforça os laços familiares. Permite que o pai participe dos cuidados com o bebê. A maioria dos hospitais particulares oferece a possibilidade do pai ficar alojado com a mãe no apartamento privado.
6) Visitação à vontade dos irmãos mais velhos.
Ajuda as crianças mais velhas a perceberem que você está bem. Encoraja a aceitação do novo bebê pelos irmãos.
EM CASO DE CESÁREA
Você Quer?
Explicação
1) Escolha de médico, anestesia e hospital “amigos da mulher”, que permitam uma cesárea centrada na família.
Uma seleção cuidadosa da equipe poderá garantir a participação da família, mesmo no caso da cesárea, tornando o processo mais humanizado.
2) Participação de um acompanhante de sua escolha durante a cesárea.
A presença de uma pessoa querida poderá prover segurança emocional durante esse processo tão delicado, além de estar garantido por lei federal.
3) Permitir o início do trabalho de parto antes de efetuar a cesárea.
O trabalho de parto é a indicação de que o bebê está pronto para nascer. Esperando pelo início do parto diminuem substancialmente as chances de seu bebê nascer prematuro, já que nenhum outro exame pode garantir que os pulmões do bebê estejam maduros.
4) Ser informada de cada procedimento associado à cesárea (testes, tricotomia, sonda urinária, etc).
Saber passo a passo o que está acontecendo, permite que você fique mais relaxada e mais participante do processo.
5) Tricotomia parcial (do abdome até a altura do osso púbico).
Diminui o desconforto quando os pelos começam a crescer novamente, sem aumento nas chances de infecção.
6) Uso de anestesia peridural/raquidiana (não utilização da anestesia geral).
Permite que você esteja acordada no nascimento do bebê e facilita a interação. Exceto pelas emergências, geralmente há tempo suficiente para se aplicar uma anestesia regional.
7) Rebaixamento do protetor ou uso de espelho na hora do nascimento.
Permite que mãe e pai assistam ao nascimento do bebê e sintam-se mais integrados à experiência de nascimento.
8) Amamentação tão logo seja possível, mesmo na mesa de cirurgia ou na sala de recuperação.
Isso dá à mãe e ao bebê as mesmas vantagens do aleitamento precoce obtido nos partos vaginais.
9) Vínculo precoce mãe-bebê.
Segurar e tocar o bebê pode reduzir a ansiedade dos pais, além de trazer os benefícios do vínculo precoce.
10) Sem o uso de sedativos pós-operatórios.
Sedativos podem provocar amnésia materna e atrapalham a interação mãe-bebê. Ao invés de sedativos, prefira usar técnicas de relaxamento. Lembre o anestesista.
11) Alojamento conjunto com flexibilidade.
Permite que você cuide do bebê de acordo com suas possibilidades. Melhora as condições para o estabelecimento dos laços mãe-bebê e da amamentação. Além disso o pai pode participar dos cuidados nos primeiros dias. No entanto um berçário deveria estar disponível para que a mãe possa se recuperar da cesariana em melhores condições.


Ana Cris Duarte
Amigas do Parto