Vejam este vídeo, muito bom! A jornalista e escritora Maristela Tesseroli, mãe de duas filhas levanta uma polêmica entre a diferença em querer ter um filho e querer ser mãe.
Quero mesmo ser mãe?
19 de dezembro de 2011
Encontro do GAPP Luz da vida- dia 17/12/11
Aconteceu neste ultimo dia 17, o encontro do Grupo Luz da Vida, no Espaço Bem Zen, com apoio da querida Ana Luisa Mello. O encontro contou com a participação de 9 pessoas, maravilhosas, que sabem que o parto é algo natural e querem ver mudanças!!
Vimos o documentário da Equipe Hanami, que nos deu muitas informações e colocou mitos a baixo. Depois nos apresentamos e contamos nossas histórias de partos e nascimentos, e então abrimos para discussão. Não tenho palavras para expressar minha alegria de ver todos vocês neste encontro...Joici e seu filho Vitor; Larissa com 33 semanas de gestação, carregando um menina em seu ventre; Minha mãe querida, compartilhando a história de 3 cesáreas; Camila e João com sua pequena de 10 meses; Roger e Mi, aprendendo para o futuro; a própria Ana, compartilhando suas vivências; e a Jeane, jornalista, que estava ali para saber mais do trabalho de humanização e divulgar na Revista Bebe & Cia.
Vimos o documentário da Equipe Hanami, que nos deu muitas informações e colocou mitos a baixo. Depois nos apresentamos e contamos nossas histórias de partos e nascimentos, e então abrimos para discussão. Não tenho palavras para expressar minha alegria de ver todos vocês neste encontro...Joici e seu filho Vitor; Larissa com 33 semanas de gestação, carregando um menina em seu ventre; Minha mãe querida, compartilhando a história de 3 cesáreas; Camila e João com sua pequena de 10 meses; Roger e Mi, aprendendo para o futuro; a própria Ana, compartilhando suas vivências; e a Jeane, jornalista, que estava ali para saber mais do trabalho de humanização e divulgar na Revista Bebe & Cia.
Grata à todos vocês e quero vê-los novamente no próximo encontro!
Espaço Bem Zen |
14 de dezembro de 2011
Acompanhante no parto...
Estudos científicos comprovam: a presença de um acompanhante no momento do parto traz diversos benefícios, como diminuir as taxas de cesárea, diminuir a duração do trabalho de parto, diminuir os pedidos de anestesia, além de ajudar a evitar a depressão pós-parto e influenciar positivamente na formação dos laços afetivos entre os membros da família. Assim, podemos concluir que a presença de acompanhante no parto traz benefício para todos: para a criança, para a gestante, de certa forma para toda a família e também para a equipe médica que realiza o parto.
Com esta idéia em mente, foi sancionada a lei n.º 11.108/2005, que altera a Lei do SUS (Lei nº 8.080/90), para garantir às mulheres que darão à luz o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.
O curioso sobre esta lei é que nem todos a conhecem. Resultado: médicos que se recusam a permitir a presença do acompanhante e gestantes que não sabem do direito que elas têm.
É bom reforçar que a lei abrange apenas os hospitais do SUS e seus conveniados. Apesar disso, os hospitais particulares também estão obrigados a permitir a presença do acompanhante, já que está em vigor a Resolução da Diretoria Colegiada N° 36, DE 3 DE JUNHO DE 2008, da ANVISA, a qual dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal, cujo item 9.1 prevê que “o Serviço deve permitir a presença de acompanhante de livre escolha da mulher no acolhimento, trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.“
Alguns hospitais particulares já têm tomado esta iniciativa, alguns permitindo a presença de acompanhante sem qualquer custo (o que é louvável), outros concedendo o benefício após o pagamento de uma taxa (o que, na minha opinião, é proibido, já que o hospital não pode cobrar do usuário para cumprir uma norma). Porém, segundo experiências relatadas por membros da ONG Amigas do Parto (www.amigasdoparto.org.br), os lugares onde se encontra a maior resistência ao cumprimento da norma está justamente nos hospitais públicos, os quais, vale repetir, são obrigados por lei a permitir a presença de acompanhante. O fato é incentivado, se observarmos que a lei 11.108/2005 não prevê uma punição para aquele que se recuse a cumprir a lei, o que certamente a torna menos eficaz.
Então, o que fazer diante da recusa do médico em permitir a presença do acompanhante nas ocasiões previstas?
1- Conversar com o médico e citar a regra (pode ser que ele não saiba e, dessa forma, você estará ajudando para que o profissional se informe). Seja firme e argumente com clareza. Mencione a lei do SUS e a RDC 36/2008 da ANVISA. Alguns médicos dizem que a regra só vale para partos normais. É mentira. A regra é válida para qualquer parto;
2- Caso o médico ainda assim se recuse, busque a diretoria do hospital para que tome as providências no sentido de fazer com que a lei seja cumprida;
3- Caso não dê certo, infelizmente, não haverá alternativa a não ser buscar a ajuda de um advogado de confiança para que tome as medidas necessárias caso a caso e
4- A partir daí, o usuário deverá reclamar nos seguintes órgãos: Ministério Público, CRM, Ministério da Saúde (para hospitais públicos), ANS (para hospitais e planos particulares), ANVISA, PROCON (para hospitais e planos particulares), bem como requerer junto ao plano de saúde o descredenciamento daquele profissional, quando for o caso. Procure a ajuda de um advogado para realizar estes atos também.
Seria saudável levar ao hospital uma cópia da Lei do SUS e da RDC 36/2008 da ANVISA, bem como trazer consigo um gravador e testemunhas, o que nem sempre é possível, já que, dependendo do parto, pode não haver tempo para isso. Meu conselho é que se faça um “kit parto” com este material e guarde junto com as coisas que serão levadas para a maternidade.
Como diria o “Rei Sol” Luís XIV, “o Estado sou eu”. Ele estava certo. O Estado sou eu, o Estado é você, o Estado somos nós. Devemos fazer cumprir as regras, sejam elas leis ou resoluções. É uma ótima oportunidade para exercer a cidadania. Cabe a cada um de nós fazer acontecer. Mas é necessário agir com muita cautela, já que é um momento delicado. Afinal, uma criança está para nascer. Nunca é demais lembrar que a demora na realização do parto pode trazer danos irreversíveis para a criança, tornando ainda maior os prejuízos materiais e morais, tanto para a criança, quanto para a família que a recebe.
A presença do pai é muito importante neste contexto, pois a sua companheira certamente não terá condições de agir, devido à sua condição, que inspira cuidados. Isto torna o pai protagonista do nascimento, mais partícipe, além de permitir a transmissão de força à mulher, trazendo para si condições para uma paternidade responsável, além de oferecer uma experiência que nenhum homem poderá ter em sua vida senão através da mulher: algo profundo e poderoso e transformador. E, quem sabe, lhe dá mais coração e engajamento futuro.
Colaboração do advogado e consultor jurídico Rafael Felício Júnior.
drrafaelfeliciojr@yahoo.com.br.
8 de dezembro de 2011
Noticia: 3 minutos a mais com a mãe!
Maravilhosa noticia dada pelo site do Estadão. Só reforça o que nós da Humanização do parto e nascimento, já sabíamos! Temos que adequar nosso sistema de Saúde e trabalhar com as evidências! É urgente! Minha filha esta um pouco anêmica, e eu sei bem porque. Apesar da alimentação boa, com carne, arroz integral, feijão, verdes escuros e o suquinho de laranja, maracujá, após o almoço, ela esta levemente anêmica. E ela ainda mama no peito!! Não duvido que os efeitos do corte precoce do cordão dela, estejam ainda se mantendo. Leiam a notícia...
Fernando Reinach - O Estado de S.Paulo
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Fernando Reinach - O Estado de S.Paulo
Uma em cada quatro crianças apresenta uma forma branda de anemia na primeira infância. Mesmo na Europa, essa taxa é de 5%. Como a falta de ferro durante os primeiros anos de vida pode prejudicar o desenvolvimento neurológico das crianças, essa alta frequência de anemia infantil preocupa os pediatras.
Agora, um grupo de médicos suecos descobriu uma maneira simples e barata de eliminar o problema. Basta cortar o cordão umbilical três minutos mais tarde.
Toda criança nasce ligada à placenta pelo cordão umbilical. Nos instantes iniciais de sua vida fora do útero, ela ainda recebe o oxigênio necessário por meio do cordão umbilical. Logo em seguida, começa a respirar e, a partir desse momento, seu suprimento de oxigênio deixa de vir da placenta e passa a vir diretamente da atmosfera.
Em seguida, um mecanismo fisiológico contrai o cordão umbilical, interrompendo o fluxo de sangue entre o placenta e o recém-nascido, e ele se torna independente da mãe. Nos hospitais modernos, o médico coloca um clipe e corta o cordão imediatamente após o parto.
Nos outros mamíferos e nos partos fora do ambiente hospitalar (em tribos indígenas, por exemplo), o rompimento do cordão umbilical leva mais tempo. As contrações continuam, a placenta é expelida e somente depois o cordão umbilical se rompe ou é cortado pela mãe.
Faz muitos anos que se sabe que nos primeiros minutos após o parto, antes do fluxo de sangue ser interrompido pela contração natural do cordão, um volume razoável de sangue passa da placenta para o recém-nascido. Nos seres humanos, esse volume chega a ser 100 mililitros, o equivalente ao de uma xícara de leite.
Será que o ato de colocar um clipe e cortar o cordão umbilical imediatamente após o nascimento não estaria privando as crianças dessa xícara extra de sangue? E será que não seria essa a causa para a anemia observada em um número tão grande de crianças?
Espera. Para testar a ideia, os médicos atrasaram o momento em que o médico coloca o clipe e corta o cordão umbilical. Foram estudados 400 partos, divididos em dois grupos. Nas mulheres do primeiro grupo, o cordão foi cortado dez segundos após o nascimento, como é a prática usual. No segundo grupo, os médicos esperavam 180 segundos após o nascimento, antes de colocar o clipe e cortar o cordão umbilical.
As mulheres foram incluídas em cada um dos grupos por sorteio, na hora em que chegavam ao hospital. Após o parto, as crianças de cada grupo foram acompanhadas por quatro meses. No grupo de crianças em que o cordão foi cortado imediatamente após o nascimento, 6,3% apresentavam uma anemia leve dois dias após o parto e 5,7% ainda tinham o quadro quatro meses após o nascimento. No grupo em que os médicos esperaram três minutos antes de cortar o cordão umbilical, somente 1,2% apresentava anemia aos dois dias e, mais impressionante, somente 0,6% tinha aos 4 meses - uma redução de quase dez vezes no número de crianças anêmicas aos 4 meses.
Esse resultado demonstra que manter o recém-nascido ligado ao cordão umbilical por mais três minutos pode resolver grande parte do problema da anemia infantil. Mas isso depende de esse novo procedimento ser adotado nos hospitais. Um experimento simples, baseado em uma ideia também simples, que pode resolver um problema importante. Ciência de primeira.
Mas o mais interessante é compreender por que os médicos decidiram que o procedimento correto seria cortar o cordão imediatamente após o nascimento. Em partos complicados, existem muitas razões para cortar imediatamente o cordão, mas ninguém conseguiu me explicar por que esse procedimento foi adotado como padrão nos partos absolutamente normais.
Durante milhões de anos, os primatas (e todos os outros mamíferos) viveram sem clipes e tesouras, em um ambiente em que o cordão era rompido muito mais tarde. Não seria de se esperar que o processo evolutivo tivesse, ao longo do tempo, ajustado corretamente o momento em que o cordão naturalmente interrompe o fluxo de sangue entre a placenta e o recém-nascido?
Ao decidir que o correto é cortar imediatamente o cordão, os médicos da época não consideraram a possibilidade de existir uma boa razão para o processo de seleção natural ter "escolhido" deixar o recém-nascido passar seus primeiros três minutos ainda ligado à mãe. Darwin deveria ser estudado nas escolas de Medicina.
MAIS INFORMAÇÕES: EFFECT OF, DELAYED VERSUS EARLY UMBILICAL CORD CLAMPING ON NEONATAL, OUTCOMES AND IRON STATUS AT, 4 MONTHS: A RANDOMISED, CONTROLLED TRIAL. BRITISH, MEDICAL JOURNAL, DOI:10.1136/BMJ.D7157, 2011
*Biólogo
30 de novembro de 2011
Bolsa rota: qual a conduta adequada?
Mas afinal, qual a conduta adequada em caso de bolsa rota? A Dra. Melânia Amorim responde:
“A conduta na bolsa rota depende da idade gestacional, mas presumamos que estamos falando de um bebê a termo. Existem duas possibilidades de conduta:
a) Ativa, isto é, indução do parto, e
b) Expectante (aguardar início do trabalho de parto).
Há uma revisão sistemática da Cochrane mostrando que a conduta expectante aumenta o risco de infecção materna e neonatal, mas o risco absoluto é baixo, e a conduta deve ser discutida com as mulheres, individualizando-se os casos. Em relação a quanto tempo esperar, isso varia de serviço para serviço. Na literatura encontramos períodos variando entre 12 e 96 horas. Caso se resolva manter conduta expectante, a chave para um bom resultado é NÃO TOCAR, não ter relações sexuais e monitorar sinais clínicos e laboratoriais de infecção, bem como a vitalidade fetal. Quando há rompimento de bolsa, uma parcela significativa das mulheres (em torno de 70-80%)irão entrar em trabalho de parto nas primeiras 12 horas.
Em resumo, a decisão de procurar ou não imediatamente o serviço de saúde irá depender da mulher, se ela combinou esta eventualidade com o obstetra, se está disposta a aguardar, se aceita o risco de infecção etc. Se houver presença de mecônio no líquido amniótico, é sinal de alerta – neste caso sim, ela deve procurar imediatamente o cuidador. Em minha opinião, AVISAR o obstetra sempre deve ser feito - se a mulher não confia no obstetra e tem medo de que ele faça uma cesárea por bolsa rota, nem deveria estar com este obstetra, não?
A profilaxia (aplicação medicamentosa) para estreptococo do grupo B deve ser feita intraparto nas mulheres EGB positivo, ou se o estado EGB for desconhecido (cultura não realizada) naquelas com fatores de risco, ou seja: ruptura prematura das membranas por mais de 18 horas, febre materna intraparto, idade gestacional menor que 37 semanas, RN anterior acometido por sepse por EGB ou cultura urinária positiva para EGB na gravidez (mesmo tratada).”
Melânia Amorim é ginecologista e obstetra, Dra. em Tocoginecologia pela UNICAMP, professora da Universidade Federal de Campina Grande e membro da REHUNA (Rede pela Humanização do Nascimento) no Brasil.
25 de novembro de 2011
24 de novembro de 2011
Artigo: Bom para o médico, ruim para o bebê!
Pela primeira vez, os nascimentos por cesariana superam o número de partos normais. Os dados, obtidos por um levantamento do jornal Folha de S. Paulo, mostram que 52% dos nascimentos ocorrem por cesariana. Para Nádia Narchi, uma questão de mercado está prevalecendo sobre a saúde e bem-estar da mulher.
Isso porque as cesarianas são muito mais cômodas aos disputados horários do doutor: enquanto o trabalho de parto normal dura cerca de 8 horas, a cesárea pode ser feita em 45 minutos. Ou seja, o médico faz seu tempo render e tem um retorno financeiro muito maior.
Narchi coordena o curso de Obstetrícia na Universidade de São Paulo (USP) e aponta que a formação do médico pode explicar essa conduta. ” É a elite da elite que faz medicina hoje, que não tem vivênca com a medicina comunitária”, diz ela. Ou seja, o estudante já entra na faculdade pensando no retorno financeiro. Muitos, diz ela, são filhos de médicos que sairão da escola com consultório pronto. Esse profissional não terá a disposição para fazer plantão, trabalhar a noite, no final de semana.
Daphne Bergo Paiva vice-presidente da ONG Bem Nascer, em Belo Horizonte (MG), promove encontros com gestantes para esclarecer aspectos do nascimento em parques da cidade. Ela afirma que existe um mito entre as mulheres de que o parto normal é mais doloroso que a anestesia. Mas, lembra ela, a cesariana pode trazer consequências graves para as mães e seus filhos. Muitas mulheres reclamam de dores abdominais muito tempo depois de realizada a cesariana.
“Muito partos são marcados de acordo com a conveniência do médico e da mãe, mas não do bebê”, diz ela. Com isso, algumas crianças nascem antes do tempo, prematuras. “Bebês nascem com desconforto respiratório por terem sido retirados da barriga antes do tempo”, diz ela. O parto por cesárea pode ser muito mais agressivo à mãe. “Há uma falsa impressão de que não existe dor na cesariana porque a mulher está muito anestesiada”, diz. Além disso, são recomendados uma série de medicamentos para a mulher no período pós-natal.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que apenas 15% dos partos sejam feitos por cesariana. No Brasil, este número é de 52%. O levantamento mostrou também que o valor é superior na rede privada. Enquanto no Sistema Único de Saúde (SUS) é de 37%, no setor privado chega a 80% dos nascimentos. Segundo Paiva, a estrutura do SUS não permite que mulheres marquem com antecedência seus partos. Ao chegar ao hospital, a gestante é atendida por um plantonista. A cesariana só ocorrerá se houver complicações no procedimento normal. “No SUS, há muitas pacientes pedindo cesariana, mas o procedimento está sendo usado com mais critério.”
“O maior medo é o de que a dor seja insuportável”, comenta Paiva. Sua ONG tenta orientar mulheres sobre métodos que tornem a experiência prazerosa. Algumas massagens e exercícios contribuem para que o parto transcorra mais facilmente. Segundo ela, falta um atendimento mais respeitoso às mulheres. Permitir que a mãe tenha um acompanhante e que possa andar na sala de parto ajuda a diminuir a dor e acalmar a paciente.
Da mesma forma, o curso de Obstetrícia visa formar parteiras gradudas para auxiliar justamente no trabalho normal. O problema, afirma Narchi, é que falta iniciativa do governo e rede privada para gerar empregos para essas mulheres. ” Culturalmente nesse país os médicos mandam em tudo”, diz. É necessário que se abra espaço dentro deste universo médico altamente autoritário para um olhar mais repeitoso ao corpo da mulher. “Assistimos a uma medicalização do corpo da mulher”, comenta.
Muitos bebês são tirados da barriga das mães antes do tempo, para que não haja “perigo” de que a mulher entre em trabalho de parto e tenha o filho no procedimento natural. Além da mulher passar por uma cirurgia sem necessidade, os bebês são retirados do primeiro contato com a mãe e vão direto para a incubadora. A especialista afirma que uma em cada quatro mulheres sofre violência institucional no Brasil durante o parto. Sobretudo, violência verbais e o não oferecimento de medicamentos que aliviam a dor.
Segundo ela, não há no pais uma política de inserção de valorização e profissionais não médicos. Para que o país perca o título de “campeão da cesárea”, diz ela, é necessário que se abra espaço para as casas de parto e parteiras com nível superior que chamarão o médico apenas em último dos casos, se a cesárea realmente for necessária.
Uma política destecnologizada, que vai de encontro a toda a ideologia implantada pelos convênios e hospitais da medicina informatizada e de alto redimento financeiro.
22 de novembro de 2011
Dia do Bebê no Parque e GRANDE MAMAÇO - 27 de novembro de 2011
Dia do Bebê no Parque, que acontecera no dia 27 de novembro (domingo), das 9h30min as 13h30min, no entorno do Espelho d¡¦agua.
A programacao contara com:
-Passeata dos Bebes.
- Shows e espetaculos teatrais infantis, mostra fotografica, atividades circenses, desfiles, personagens infantis e presenca de bonecos.
- Apresentacoes de dancas, oficinas de brinquedos, recreação, hora do conto, arte e muitos brindes.
- Brincadeiras de expressao artistica, circuitos, caca ao tesouro, robotica, brinquedos como cama de bolinhas, cama elastica e inflaveis.
- Servicos a populacao: teste do dedinho (anemia), orelhinha e visao (com doacao de oculos), verificação de pressão, glicose, vacinas, massagem para bebes e mamães, coleta de leite, doacao de sangue e muitos outros.
ATO PRÓ AMAMETAÇÃO - GRANDE MAMAÇO
Quando: 27 de novembro, durante as comemorações do Dia do Bebê no Parque.
Horário: 10hs.
Local: Parque Farroupilha/Redenção, em Porto Alegre/ Espaço Humaniza: Bebê e Família.
Promoção: Flor do Sul e PIM.
Promoção: Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Prefeitura Municipal de Porto de Alegre. Coordenação: Primeira Infância Melhor – PIM/Departamento de Ações em Saúde/Secretaria Estadual da Saúde. Secretarias Participantes: Secretarias de Estado da Educação, da Comunicação, da Justiça e Direitos Humanos, do Trabalho e Desenvolvimento Social, das políticas para Mulheres e da Cultura. Apoio: Gabinete da Primeira Dama do Estado e de POA, UNESCO, Comitê Estadual para o Desenvolvimento Integral da Primeira Infância (CEDIPI) e Comitê Estadual de Prevenção da Violência.
Confira a programação completa: click aqui
fonte: www.pim.saude.rs.gov.br
EU VOU!! QUEM VAI?
7 de novembro de 2011
O papel do pediatra no nascimento humanizado
Texto maravilhoso!
Por Douglas N. Gomes*
O trabalho do pediatra está completamente inserido no momento do bem
nascer. Seu papel é importante para garantir a preservação do que a natureza
reserva para mães e bebês no nascimento. Cabe a esse profissional evitar as
interferências causadas por procedimentos desnecessários ou inoportunos no
nascimento.
Entre as suas atribuições primordiais está a de garantir um contato
íntimo, pele a pele, da mãe com o bebê após o nascimento. Além satisfazer a
vontade da maioria das mães de ver e tocar seu bebê logo após o parto, esse
contato também é a melhor forma de proporcionar o equilíbrio da temperatura e
dos sinais vitais do bebê, fato que já foi provado por pesquisas científicas
desde 1995.
Hoje sabe-se que quando é garantido um ambiente aquecido e com pouca luz
quase todo recém-nascido olha demoradamente os olhos de sua mãe, muitas vezes
não chora e se adapta com mais tranquilidade ao novo ambiente menos quente,
mais barulhento e com maior força de gravidade do que o uterino.
Está cientificamente comprovado que os bebês que mamam na primeira hora
de vida têm maior possibilidade de estender seu período de amamentação
exclusiva, chegando com mais facilidade ao ideal recomendado pela Organização
Mundial da Saúde de alimentar os bebês exclusivamente ao seio até os seis meses
de vida e manter a amamentação, junto com alimentos complementares, até dois
anos ou mais.
A essência da assistência humanizada ao parto e ao recém-nascido está em
atender da melhor forma possível as necessidades de saúde das famílias nesse
momento tão especial da vida. E, ao mesmo tempo, não ceder ao interesse do
sistema médico de oferecer recursos tecnológicos muitas vezes desnecessários ou
inoportunos para a investigação de doenças e problemas de saúde. Na base da
filosofia humanizada está o entendimento da saúde como o bem estar e a
felicidade das pessoas. Não apenas como a ausência de doenças.
Se por um lado é certo que evitar, identificar e tratar doenças ou
problemas do corpo, da mente e da vida social das famílias fazem parte do papel
do médico pediatra, por outro ainda são poucos os profissionais que conseguem
identificar as reais necessidades de saúde das famílias durante o parto, o
nascimento e a infância.
Para isso, o pediatra precisa ter uma escuta qualificada para questões
não médicas e por vezes muito determinantes da saúde dos bebês e das crianças
como a história de vida do casal e de suas famílias, as qualificações
individuais dos pais para lidar com mudanças ou com situações diversas da vida,
a resiliência de cada um, o entendimento que as famílias têm do processo de
nascimento e parto, o entendimento individual do processo saúde-doença, a rede
de apoio familiar do casal e até os conflitos na relação do casal, que não raro
se refletem em problemas para a criança, como por exemplo na dificuldade de
amamentação.
Faz parte do atendimento humanizado ao recém-nascido não realizar
movimentos intempestivos, que causam choro ou desconforto, em suas primeiras
horas de vida. O bebê deve ser manuseado com suavidade e leveza. Algumas ações
que refletem essa manipulação delicada e suave são:
• movimentar lenta e delicadamente o bebê após sua saída do canal de
parto para conduzi-lo ao colo da mãe;
• enxugar delicadamente com panos preaquecidos a parte de trás do corpo
do bebê, que não está em contato direto com a pele da mãe;
• enxugar apenas tocando, sem esfregar a pele do bebê;
• trocar os panos preaquecidos que envolvem o bebê, a qualquer momento,
se ficarem úmidos ou encharcados de líquido;
• dar atenção especial ao rosto do bebê, limpando suavemente eventuais
resíduos de líquido ou sangue;
• encontrar uma posição mais confortável para o bebê sobre o ventre ou o
peito da mãe caso ele chore ou mostre algum desconforto;
• não deixar em nenhum momento o bebê desenrolado ou com partes do corpo
descobertas ou expostas ao frio;
• se o bebê nascer na água, aquecê-lo com a própria água morna da
banheira, derramando-a suavemente sobre as costas dele;
• aguardar o bebê dar sinais de que quer mamar para posicioná-lo próximo
à aréola do seio materno, dando a ele a oportunidade de se movimentar para
buscar e abocanhar o peito;
• não interromper o contato pele a pele do bebê com a mãe por motivos
banais como a necessidade de mudança de posição da mulher para os procedimentos
finais do parto;
• realizar os procedimentos de rotina, como pesar e medir o bebê, apenas
depois que ele terminar de mamar ou após o final da primeira hora de vida, se
não tiver mamado;
• pesar o bebê enrolado em panos preaquecidos para não expô-lo ao frio;
• fazer o primeiro exame pediátrico com o bebê em ambiente aquecido, com
enrolamento parcial, em posição organizada (com os membros agrupados) e com
contenção facilitada pelo pai ou familiar;
• dar o primeiro banho do bebê no quarto, enrolado em panos e em posição
vertical (dentro do balde) para que ele relaxe e até durma, se quiser;
• oferecer ao casal a possibilidade segura de aplicar vacinas e realizar
procedimentos dolorosos no bebê somente após estar acertada a amamentação;
• ouvir os pais e explicar detalhadamente todos os procedimentos e
exames necessários para o bebê e sugerir soluções práticas para sua realização;
• dar suporte e resolver todos os problemas relacionados ao manejo da
amamentação exclusiva;
• fazer visitas médicas complementares (hospitalares ou em casa, no caso
de parto domiciliar), se necessário, para garantir os cuidados adequados e
individualizados para cada bebê, de acordo com suas necessidades e os problemas
diagnosticados.
Alguns diferenciais do pediatra humanizado:
• disponibilidade para estar presente no momento do parto;
• abertura para ouvir e acolher os questionamentos dos pais com relação
à própria conduta, aos procedimentos do hospital ou da equipe;
• assertividade para proteger o bebê de rotinas hospitalares
desnecessárias que impeçam um nascimento natural e impossibilitem a amamentação
precoce;
• disponibilidade para atender chamados durante o período pós-parto;
• acolher as demandas e vontades do casal quanto a todos os cuidados e
procedimentos que serão dispensados ao bebê durante sua estada no hospital;
• oferecer alternativas domiciliares de tratamento após a alta para
problemas como dificuldades na amamentação, banho de luz para tratamento de
icterícia, além de consultas em casa para pais que assim desejarem nas
primeiras semanas de vida;
• disponibilidade para responder a todas as ligações dos pais, sem
demora, seja de bebês com poucos dias vida ou de crianças maiores;
• utilizar os diversos meios de comunicação disponíveis como e-mail, programas
de troca de mensagens instantâneas e torpedos para agilizar a comunicação com
os pais;
• disponibilidade para conversar com pediatras de prontos-socorros onde
seus pacientes porventura estejam sendo atendidos em casos de urgência para
avaliar em conjunto as condutas médicas que estão sendo tomadas;
• disponibilidade para visitar, quantas vezes necessário, os bebês que
precisarem de internação com o objetivo de acompanhar as condutas propostas e
sugerir mudanças, além de esclarecer as dúvidas da família e dar suporte
emocional aos pais.
- – - – - – - – - – -
* O autor é médico pediatra e faz parte da equipe de profissionais da
Casa Moara.
31 de outubro de 2011
Começando o dia maravilhada com este vídeo!! Saudades do meu queridíssimo Ricardo Jones, da maravilhosa Heloísa Lessa e o do incrível Michel Odent! Sabias palavras de Marcio Garcia. Faço das palavras da Nutricionista Andréa Garcia, mulher de Márcio Garcia, as minhas palavras. Tento todo dia superar a dor de cair numa cesárea sem necessidade (meu filho não tinha prazo de validade), mas a cicatriz que esta no meu corpo não me deixa esquecer... Meu filho se lembra do abandono que sentiu quando nasceu, e chora quando vê as fotos. Aos profissionais que dizem que Humanizar não é romantizar o parto...DESCORDO! O parto é AMOR, e o romantismo naturalmente vai existir!!
29 de outubro de 2011
Estudo indica que estresse da mãe afeta bebê no útero!
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Alterações biológicas em receptor de hormônios podem prejudicar a criança no futuro
O estresse de uma mãe pode afetar seu bebê ainda no útero, produzindo efeitos a longo prazo na vida da criança, sugerem pesquisadores alemães. A equipe da Universidade de Kontanz, na Alemanha, observou que houve alterações biológicas em um receptor de hormônios associados ao estresse em fetos cujas mães estavam sob tensão intensa - por exemplo, por conviverem com um parceiro violento. As alterações sofridas pelo feto podem fazer com que a própria criança seja menos capaz de lidar com o estresse mais tarde. Essas alterações foram associadas, por exemplo, a problemas de comportamento e doenças mentais. As conclusões, baseadas em um estudo limitado feito com apenas 25 mulheres e seus filhos - hoje com idades entre 10 e 19 anos -, foram publicadas na revista científica Translational Psychiatry. Os pesquisadores fazem algumas ressalvas: eles explicam que as circunstâncias das mulheres que participaram desse estudo eram excepcionais, e que a maioria das mulheres grávidas não seria exposta a graus tão altos de estresse durante um período tão longo. A equipe enfatiza também que os resultados não são conclusivos, e que muitos outros fatores, entre eles o ambiente social em que a criança cresceu, podem ter desempenhado um papel nos resultados. Mas os especialistas alemães suspeitam que o ambiente primordial, ou seja, o do útero, tenha papel crucial.
Investigação
O estudo envolveu análises dos genes das mães e dos filhos adolescentes para a identificação de padrões pouco comuns. Alguns dos adolescentes apresentaram alterações em um gene em particular - o receptor de glucocorticoide (GR) - responsável por regular a resposta hormonal do organismo ao estresse. Esse tipo de alteração genética tende a acontecer quando o bebê está se desenvolvendo, ainda no útero. A equipe disse acreditar que ela seja provocada pelo estado emocional ruim da mãe durante a gravidez.
Sensibilidade
Durante a gravidez, as mães participantes viveram sob ameaça constante de violência por parte de seus maridos ou parceiros. Entre dez ou vinte anos mais tarde, quando os bebês, já adolescentes, foram avaliados, os especialistas constataram que eles apresentavam alterações genéticas no receptor GR não observadas em outros adolescentes. A alteração identificada parece tornar o indivíduo mais sensível ao estresse, fazendo com que ele reaja à emoção mais rapidamente, dos pontos de vista mental e hormonal. Essas pessoas tendem a ser mais impulsivas e podem ter problemas para lidar com suas emoções, explicam os pesquisadores - que fizeram entrevistas detalhadas com os adolescentes. Um dos líderes da equipe da Universidade de Kontanz, Thomas Elbert, disse: "Nos parece que bebês que recebem de suas mães sinais de que estão nascendo em um mundo perigoso respondem mais rápido (ao estresse). Eles têm um limite mais baixo de tolerância ao estresse e parecem ser mais sensíveis a ele". A equipe planeja agora fazer estudos mais detalhados, acompanhando números maiores de mulheres e crianças para verificar se suas suspeitas serão confirmadas. Comentando o estudo, o médico Carmine Pariante, especialista em psicologia do estresse do Instituto de Psiquiatria do King's College London, disse que o ambiente social da mãe é de extrema importância para o desenvolvimento do bebê. Segundo ele, durante a gravidez, o bebê é sensível a esse ambiente de uma forma única, "muito mais, por exemplo, do que após o nascimento. Como temos dito, lidar com o estresse da mãe e com a depressão durante a gravidez é uma estratégia importante, clínica e socialmente".
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110719_estresse_mae_feto_mv.s
Retirado de : http://cantinhodaenfermeiraregina.blogspot.com/2011/09/estresse-da-mae-afeta-bebe-no-utero.html#comment-form
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