28 de agosto de 2011

Amamentar- vídeo explicativo!

25 de agosto de 2011

Cordão umbilical: qual é a hora certa de cortá-lo?


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Um novo estudo americano mostra que esperar para cortar o cordão pode garantir a transferência de células-tronco e evitar hemorragias nos primeiros meses de vida do bebê

Ana Paula Pontes

Você sabia que o momento de cortar o cordão umbilical do seu filho é importante para a saúde dele? Uma nova pesquisa feita pela Universidade do sul da Flórida, nos Estados Unidos, mostrou que esperar o cordão parar de pulsar para cortá-lo pode garantir a transferência de células-tronco, em um processo conhecido como transplante natural. Além disso, o atraso no corte reduz a incidência de hemorragia e a diminui a necessidade de transfusões de sangue no futuro. 

Outra pesquisa, dessa vez brasileira, também reforça os benefícios desse atraso para a saúde. O estudo sugere que esperar 1 minuto para fazer o corte (ou clampeamento) do cordão aumenta a quantidade de ferro no seu organismo. Esse seria mais um fator que ajudaria na redução de anemia nos primeiros meses de vida. 

Para essa pesquisa, liderada pela pediatra Sônia Venâncio, do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foram avaliadas 224 crianças. Dessas, 109 tiveram o corte imediato e 115, tardio. Depois de três meses do nascimento foram realizados exames para verificar o nível de ferro. No segundo grupo, o benefício ficou comprovado. 

A maioria dos profissionais realiza o corte na hora que o bebê nasce. Para Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista do Hospital Sírio Libanês (SP), o ideal é esperar o cordão parar de bater para cortá-lo. “No útero, o sangue do bebê é oxigenado pela placenta. No nascimento, ocorre uma mudança no sistema circulatório da criança para que comece a receber oxigênio pelos pulmões. A garantia de que essa transformação aconteceu, e o bebê está preparado para respirar fora do útero, é quando a artéria do cordão pára de pulsar”, diz Pupo. 

O procedimento, no entanto, gera polêmica entre os especialistas. Enquanto há estudos sugerindo vantagens do corte do cordão tardiamente, há outros que mostram riscos, como a policetemia - excesso de glóbulos vermelhos no sangue - e a icterícia, que é aquela cor amarelada da pele. “Um corte tardio faz com que a criança receba um volume maior de sangue da mãe, causando esses tipos de problemas”, diz Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP) e diretor da Sociedade Brasileira de Imunização. 

De acordo com a autora do estudo, ao avaliar as complicações do corte tardio, não houve diferença de icterícia entre os grupos. “Para evitar o excesso de volume de sangue para o bebê, tomamos o cuidado de deixá-lo um minuto ligado ao cordão na mesma altura da placenta”, afirma. 

Anemia e amamentação 

Segundo Renato Kfouri, a prevenção de anemia pelo corte tardio do cordão pode ser mais significativa numa população em que o problema é endêmico. A anemia por deficiência de ferro está relacionada a diversos fatores. “Alguns exemplos são as gestantes anêmicas, que podem passar menos ferro para o bebê, e os prematuros, uma vez que a transferência de ferro é maior no fim da gestação”, diz. No primeiro ano de vida, o aleitamento materno é a grande prevenção da anemia. 

Fontes: Sônia Venâncio, pediatra do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Rubens do Val Júnior, obstetra do Hospital São Luiz (SP); Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista do Hospital Sírio Libanês (SP); Eduardo Cordioli, obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana (SP) e diretor da Sociedade Brasileira de Imunização



FONTE

23 de agosto de 2011

Por que médicos e pacientes optam pela cesariana?


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As taxas de cesariana vêm aumentando em todo o mundo, mas, no Brasil, alcançam níveis impensáveis para os países desenvolvidos 


Cesarianas abusivas
A cesariana é uma técnica cirúrgica que consiste na extração do feto através de uma incisão nas paredes abdominal e uterina. Geralmente, é empregada em situações em que o bebê e/ou a mãe estejam em risco ou quando o trabalho de parto é contraindicado.
Porém, essa técnica passou a ser utilizada de maneira abusiva nas maternidades brasileiras, ocasionando aumento nos índices de morbi-mortalidade materna e perinatal.
Em função disto, o obstetra Marcos Augusto Dias, doutor em Saúde da Criança e da Mulher pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), buscou explicar, na pesquisa Cesariana: epidemia desnecessária?, quais os mecanismos que levam o obstetra a decidir pela indicação da cesariana.
Morte materna e complicações
Segundo Dias, apesar de antiga - relatos mostram que a primeira cesárea data de 1500 e foi feita por um açougueiro suíço em sua mulher -, a cesariana costumava ser um procedimento raro, comumente associado a altas taxas de mortalidade.
Entretanto, nos últimos anos, os índices de partos por cesárea no Brasil têm ultrapassado o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tornando-se foco de atenção devido ao aumento do número de mortes materna e fetal e às diversas complicações ocasionadas, que vão desde uma simples febre até uma enorme perda de sangue.
Atualmente, as taxas brasileiras de cesarianas são consideradas as maiores do mundo, e a cirurgia é vista de forma tão banalizada que chega a atingir 80% dos partos. No município do Rio de Janeiro, o número passou de 41,2%, em 1993, para 46,9% em 1996. "Nos dias de hoje, tanto o Brasil quanto o Rio de Janeiro apresentam taxas em torno de 50%", afirma o pesquisador.
A cesariana, além de gerar gastos financeiros desnecessários para as unidades de saúde, pode colocar em risco a saúde da mulher e do recém-nascido.
Conforto dos médicos
De acordo com Dias, as taxas de cesariana vêm aumentando em todo o mundo, mas, no Brasil, alcançam níveis impensáveis para os países desenvolvidos.
Ele explica que esse aumento está associado a diversos fatores, como o conforto do médico, que pode programar suas atividades sem comprometer sua renda e vida pessoal; deficiências na formação dos obstetras em relação à assistência ao parto normal; e a pouca valoriza...

19 de agosto de 2011

Circular de cordão...indicação de cesárea?



Ontem estive pensando sobre este assunto...o medo que trás as mães saber que, possivelmente o cordão estará enrolado no pescoço, no braço, na perna. Medo que o filho tenha complicações ou pior, morra! Vamos pensar juntos... o cordão umbilical é parecido com uma gelatina, ele tem uma estrutura que não importa o quão enrolado esteja no corpo do bebê (acontece durante toda a gestação, porque só vai ter complicações no final??? PENSEM!!), ou o quão o bebê agarre o cordão umbilical, NÃO vai parar de passar sangue, nutrientes e oxigênio. Tem casos raros, raríssimos, do cordão dar um nó, tendo quer se feita cesárea de emergência.  Gosto muito de falar da experiência que vivi, em muitos assunto e aspectos do parto. Minha filha que nasceu de parto normal, nasceu com 2 circulares ( 2 voltas), gritando, saudável, apgar 9/ 10. Reflitam!! Deixo agora o que a Dra. Melania Amorim e depois o Dr. Ricardo Jones, falam sobre o cordão umbilical:



Dr.ª Melania Amorim

"Cerca de 40% dos fetos apresentam circular de cordão, ou seja, se fôssemos operar os casos com circular de cordão diagnosticados por ultra-sonografia (USG) já estaríamos, de antemão, condenando 40% das mulheres a uma cesariana, com todos os riscos já conhecidos de uma cirurgia desse porte.

Como o bebê VIRA e DESVIRA o tempo todo (sinal de que está saudável) dentro da barriga, o diagnóstico por USG não é preciso, mesmo quando se usa o Doppler: bebês com circular diagnosticada pela USG podem nascer sem circular e o contrário é verdadeiro, a USG pode não mostrar nenhuma circular e o bebê nascer com uma ou mais circulares.

Entretanto, circulares CERVICAIS (no pescoço) apertadas, associadas a cordão curto e outras alterações, podem ser comprimidas durante o trabalho de parto e, muito excepcionalmente, fora dele. Tudo pode acontecer em uma gravidez, até um avião cair em cima do binômio mãebebê (assim mesmo, sem hífen), o que já foi descrito na literatura. Catástrofes e fatalidades acontecem.

Quais os cuidados? Ausculta, ausculta, ausculta, o que é o procedimento de rotina em todo trabalho de parto, AUSCULTA FETAL intermitente com o sonar Doppler ou mesmo com o estetoscópio, não é necessária cardiotocografia de rotina, e deve ser realizada com ou sem diagnóstico de circular. Lembrem: bebês SEM diagnóstico de circular podem nascer com circular, a circular se forma quando eles mexem de um lado para outro dentro da barriga. A ausculta fetal é, portanto, um procedimento padrão na assistência ao parto, recomendado pela OMS.

Não existe essa entidade nosológica "enforcamento fetal"... Na vida intra-uterina, as trocas respiratórias se fazem pela circulação umbilical, e não pelas vias aéreas fetais. Mecanicamente, o cordão também não conseguiria fraturar o pescoço do bebê, ele é gelatinoso.

O que pode acontecer, muito raramente, é um cordão curto e enrolado no pescoço ser apertado durante as contrações ou a movimentação fetal, e haver interrupção da circulação naquele momento. Se essa interrupção for prolongada, pode haver asfixia porque não vai mais chegar sangue para o bebê.

Além de raríssimo, esse evento não justifica ultra-sonografia de rotina.
PORTANTO:

- Circulares são extremamente freqüentes, 25 a 40% dos bebês NASCEM com circulares.

- Circulares se fazem e desfazem o tempo todo, com a movimentação fetal. Exame ultra-sonográfico pode mostrar circular e o bebê nascer sem, ou vice-versa.
- Não há o que fazer se for diagnosticada uma circular, a menos que se fosse interromper de imediato a gestação, o que não se justificaria, em face da maior morbidade materna e neonatal com a cesárea. Por conta de um evento raríssimo não se vai arriscar tirar um bebê prematuro ou mesmo de termo e expô-lo aos riscos de uma cesariana eletiva, que não são raros (inclusive aumento da mortalidade neonatal).

- Ultra-sonografia de rotina em gestações de baixo-risco não é apoiada por evidências científicas consistentes.

- Durante o trabalho de parto a ausculta fetal pode detectar facilmente alterações da ausculta que eventualmente podem ocorrer em casos de circulares apertadas e, se forem importantes, indicam resolução da gravidez por via alta (cesariana). Durante a gravidez, não é factível fazer monitorização fetal sem indicação."

Dr. Ricardo Herbert Jones:

"Minha experiência com circulares de cordão é razoável. Muitas pacientes me procuravam com medo de uma cesariana porque o seu médico falava que o cordão esta enrolado no pescoço, portanto uma cesariana era mandatária, sob pena do nenê entrar em sofrimento.

Circulares de cordão são banalidades na nossa espécie. Um número muito grande de crianças nasce assim. Eu tinha a informação que a incidência era de 30%, mas talvez seja um número antigo ou inadequado. De qualquer sorte, uma quantia considerável de crianças vem ao mundo desta forma. Já tive partos com 3 voltas bem firmes no pescoço, e com apgar 9/10.

É engraçado ver a expressão das pacientes quando conto pra elas que o que me preocupa não é o pescoço, mas o cordão. O fato do pescoço estar sendo pressionado é pouco importante se comparado com a compressão do cordão. A fantasia da imensa maioria das mulheres (mas também dos homens) é que a criança está se ""enforcando"" no cordão. Elas ficam surpresas quando explico que o bebê não está respirando, então porque o medo da asfixia? Acontece que existe espaço suficiente para o sangue transitar pela estrutura do cordão, protegida pela geléia de Warthon que o recobre, mesmo com voltas em torno do pescocinho. Além disso, se houver uma diminuição na taxa de passagem de oxigênio pelo cordão isso será percebido pela avaliação intermitente durante o trabalho de parto. E esse evento NUNCA é abrupto. DIPs de cordão, como os chamamos, ficam dando avisos durante horas, e são diminuições fortes apenas durante as contrações, com o retorno para um batimento normal logo após. Marcar uma cesariana por um cordão enrolado no pescoço é um erro.

Sei como é simples e fácil apavorar uma mãe fragilizada contando histórias macabras a esse respeito, mas a verdade é que não se justifica nenhuma conduta intervencionista em virtude deste achado. Por outro lado, a presença deste diagnóstico tão disseminado nos consultórios e nas conversas entre pacientes nos chama a atenção porque, se não é um problema médico, é uma questão sociológica.

Esse exame parece funcionar como um acordo subliminar entre dois personagens escondidos no inconsciente dos participantes da trama, médico e paciente.

De um lado temos uma paciente amedrontada, desempoderada diante de uma tarefa que parece ser muito maior do que ela. Acredita piamente no que o ""representante do patriarcado"" (no dizer de Max) lhe diz. Não retruca, não critica; sequer pergunta. Nada sabe, mas precisa do auxílio daquele que detém um saber fundamental aos seus olhos. Diante das incertezas, da culpa, do medo e da angústia ela se entrega, aliena-se. Fecha os olhos e coloca o "anel", que faz com que ela mesma desapareça, entregando-se docilmente aos desígnios dos que detém o poder sobre seu destino. Oferece seu corpo para que dele se faça o que for necessário.

Na outra ponta está o médico. Sofre em silêncio a dor da sua incapacidade. Pensa baixinho para que ninguém leia seus pensamentos. Sabe que pouco sabe, mas também tem plena noção do valor cultural que desempenha. Nada entende do milagre do nascimento, mas percebe seus rituais, muitas vezes ridículos, outras vezes absurdos e perigosos, produzem uma espécie de tranquilização nas mulheres. Não se encoraja a parar de encenar, porque teme que não lhe entendam. Continua então repetindo mentiras, esperando que não descubram o quão falsas e frágeis elas são. É muitas vezes tomado pelo ""pânico consciencial"", que é o medo diante de uma tomada de consciência.Muitas vezes age como um sacerdote primitivo que, por uma iluminação divina ou por conhecimento adquirido, percebeu que suas rezas e ritos de nada influenciam as colheitas, e que o que governa estes fenômenos está muito além de suas capacidades. Entretanto, sabe que os nativos precisam dos rituais, que ele percebe agora como inúteis, porque assim se dissemina a confiança e a esperança. Mente, mas de uma forma tão brilhante, sofisticada e tecnológica, que deveras acredita no engodo que produz.

Ambos, mulher e médico, precisam aliviar suas angústias diante de algo poderoso, imprevisível e incontrolável. Olham-se e tramam o golpe.

O plano que deixará ambos aliviados diante do enfrentamento. Mentem-se com os olhos. Eu finjo saber; você finge acreditar. Peço os exames. Todos. E mais um pouco. Procuro até encontrar aquilo que nos fornecerá a chave. A minúscula desculpa. Eu, com ela nas mãos, posso realizar os rituais que me desafogam da necessidade de suportar a angústia de olhar e nada fazer. Você, poderá escapar da dor de aguardar e fazer o trabalho por si. Poderá dizer que ""tentou"", mas, foi melhor assim. O nenê poderia correr perigo. O cordão poderia deixar meu filho com problemas mentais, etc.

Feito. Pedido o exame, lá estava: O cordão, mas poderia ser o líquido, a posição, a placenta, a ossatura, as parafusetas protodiastólicas. Quem se importa? O carneiro, a virgem, o milho, todos são sacrificados. Quem se importa? Livramo-nos da dor. Anestesiamos nossas fragilidades e angústias. Ritualizamos, encenamos e todos acreditam.

Nem todos! Alguns acordam, mesmo que leve muito, muito tempo."

17 de agosto de 2011

Tipos de parto

Vou falar sobre tipos de parto, e como eu classifico eles, explicando alguns pontos. Na minha visão, existem dois tipos de parto: o Parto Normal e o Parto Natural Humanizado. A cesárea é uma cirurgia de grande porte, portanto, é uma via de nascimento, mas não um parto. Gosto de enfatizar isso, porque vivi a cesárea e o parto normal, e a diferença é clara para mim!]
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Parto NormalRealizado em ambiente hospitalar. No momento da internação são feitos procedimentos de rotina como enema (lavagem intestinal) e tricotomia (raspagem de pelos) de rotina, muitas vezes sem se perguntar a mulher se ela quer isso. Nele a mulher recebe uma via intravenosa, para ser colocado o soro com hormônio sintético, e assim acelerar o parto (com hormônio sintético, as contrações vem com mais violência, na maioria das vezes). Durante o Trabalho de Parto a mulher, geralmente, é instruída a ficar deitada do lado esquerdo, não podendo caminhar, nem se movimentar, não é permitido comer e beber, nem gemer... nada. No período expulsivo (nascimento), a mulher fica deitada (pior posição para parir, a mulher pode passar mal, e é mais difícil a saída do bebê), o obstetra realiza a episiotomia de rotina (muitas vezes não é necessária esta mutilação, é preferível ter uma laceração, que cura mais rápido, do que o corte), para “ajudar” a passagem do bebê ( o canal vaginal foi feito para se adaptar a passagem da criança, e volta ao normal) , e não é perguntado a mãe se ela quer isso ou não. O médico comanda o tempo todo, conduzindo a mãe a fazer força, muitas vezes em momento errado, fazendo mãe e bebê, sofrerem desnecessariamente. Após o nascimento o bebê é levado pelo pediatra, para procedimentos de rotina (o que pode ser realizado perfeitamente no colo da mãe). A placenta e puxada (não é o correto a fazer, pois pode se deixar algum pedaço dela para trás, trazendo complicações maternas)
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Parto Natural HumanizadoPode ser realizado no hospital , em casas de parto ou no próprio domicílio, com uma equipe humanizada, que respeita às vontades e desejos das mulheres. É o parto onde o obstetra ou parteira simplesmente acompanham , e observam sem interferir. É o parto normal sem intervenções como anestesias, episiotomia ,indução ou manobras. Nele são respeitados o ritmo/tempo da mulher e do bebê. É dada a liberdade para se movimentar e fazer aquilo que seu corpo lhe pede. Durante o Trabalho de Parto são utilizados métodos naturais para o alívio das dores ( a anestesia pode fazer o bebê demorar a querer mamar, deixando o preguiçoso, desorientado). É importante a mãe utilizar as técnicas de respiração e relaxamento, posições, métodos naturais como a banheira ( parto na água- sendo que o bebê pode nascer na água, que é considerado uma maneira tranquila de nascer), ou chuveiro com água quente, mas principalmente a mulher deve se sentir segura. Geralmente, a Doula se faz presente, junto com o marido ou acompanhante, encorajando, orientando e confortando a mulher. Na hora do expulsivo (nascimento), a mulher escolhe a posição que quer parir, na qual se sente melhor (cócoras, de quatro, semi sentada, sustentada pelo marido), ela faz força quando vem a contração, podendo se recuperar. A episiotomia não é realizada. Assim que o bebê nasce, vai para o colo da mãe, e é amamentado. Se for necessário, o pediatra realiza os procedimentos no colo da mãe. A placenta sai naturalmente.

15 de agosto de 2011

Aleitamento materno exclusivo

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Vamos falar um pouco sobre sobre o leite materno e Aleitamento Materno Exclusivo. O leite materno é o alimento ideal para o bebê nos primeiros anos de sua vida, pois atende todas as necessidades nutricionais, imunólogicas, e psicológicas do recém-nascido. O aleitamento materno possibilita a formação de uma ligação afetiva entre mãe-filho, através do contato físico, o que facilita a união entre eles. A criança pode e deve começar a mamar logo após o nascimento, ainda na sala de parto, só trazendo vantagens para a mãe e recém-nascido.
O leite materno é livre de impurezas, fresco, disponível na temperatura ideal (não precisa esquentar) e é facilmente digerido pela criança. Nas primeiras 72 horas após o parto as mamas produzem um leite que é chamado de colostro, é amarelado e grosso, sai em pequenas quantidades, sendo o suficiente para a criança nos primeiros dias de vida, pois contém nutrientes necessários para ela nesta fase. O colostro também é considerado a primeira vacina do bebê, pois contém anticorpos maternos que vão ajudá-lo a não contrair infecções como sarampo, entre outras, que nesta fase seriam fatais para ele. Rico em substâncias que favorecem o crescimento, estimulam o desenvolvimento do intestino do bebê, preparando-o para digerir e absorver o leite maduro, e impedem a absorção de proteínas não digeridas. Além disso o colostro é laxativo e auxilia a eliminação do mecônio (primeiras fezes do recém-nascido).
O leite aumenta em quantidade e muda sua aparência, sua composição, entre a primeira e a segunda semana. Este é o leite maduro que contém todos os nutrientes necessários para a criança. Ele tem aparência mais aguada, mais fina, o que leva muitas mães a pensarem que o leite é fraco. Isso não é verdade! Esta aparência aguada é normal, por que ele fornece água (hidrata) suficiente para a criança.
A composição do leite maduro muda durante a mamada. No começo, parece acizentado e aguado, sendo rico em proteína, vitaminas, minerais e água. No fim, parece mais branco do que no começo e contém mais gordura, que vai fornecer energia. A criança necessita tanto do leite do começo quanto do final para poder crescer e desenvolver-se bem. É importante deixar que o bebê pare de mamar espontaneamente, pois se interrompermos a amamentação, podemos fazer com que a criança não receba quantidade suficiente do leite energético. O aleitamento materno deve ser exclusivo, em livre demanda, até os seis meses de vida. Não é necessário dar água, suco, chá, etc.
Amamentação exclusiva no seio significa que não é necessário dar qualquer tipo de alimento para a criança além do leite materno. Em livre demanda significa dar o peito ao bebê sempre que ele quiser, sem impor horário às mamadas. Após os seis meses pode se começar a dar água, suco e a papinha, de forma gradual, com uma consistência pastosa. O bebê deve seguir mamando até dois anos ou mais.

14 de agosto de 2011

Cesárea: indicações reais e indicações desnecessárias

Leio em comunidades, em entrevista e mesmo escuto algumas pessoas dizendo: "Como você sabe disso?Você não é médica! O médico sabe o que está fazendo!" . Isso é verdade...ele sabe muito bem o que esta fazendo, colocando medo nas mães por motivos, já comprovados, irreais para indicar uma cesárea! Na minha opinião, o obstetra que indica uma cesárea, sem a menor necessidade, está cometendo um crime. Colocar a vida de 2 pessoas (mãe e bebê) em risco, por comodidade, por conveniência ou por motivos financeiros, é um ABSURDO sem tamanho!! Do mesmo modo como submeter as mulheres em trabalho de parto a intervenções desnecessárias! Mas já que não sou médica, deixo aqui uma lista disponibilizada pela Dra. Melania Amorim. Ela possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (1989), residência médica em GInecologia e Obstetrícia pelo IMIP (1992), mestrado em Saúde Materno Infantil pelo Instituto Materno Infantil de Pernambuco (1995) e doutorado em Tocoginecologia pela Universidade Estadual de Campinas (1998). Pós-doutorado concluído em 2009, também pela Universidade Estadual de Campinas. Pós-doutorado na Organização Mundial de Saúde (OMS) em Genebra (2009).  Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) por concurso (1992).


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Algumas indicações de cesariana DURANTE O TRABALHO DE PARTO:
REAIS
1) Prolapso de cordão;
2) Descolamento prematuro da placenta com feto vivo;
3) Placenta prévia parcial ou total;
4) Apresentação córmica (situação transversa);
5) Ruptura de vasa praevia;
6) Herpes genital com lesão ativa.

PODEM ACONTECER, PORÉM FREQUENTEMENTE SÃO DIAGNOSTICADAS DE FORMA ERRADA:
1) Desproporção céfalo-pélvica;
2) Sofrimento fetal agudo (o termo mais correto atualmente é “freqüência cardíaca fetal não-tranqüilizadora”, exatamente para evitar diagnósticos equivocados baseados tão-somente em padrões anômalos de freqüência cardíaca fetal);
3) Parada de progressão.

CASOS DISCUTÍVEIS (o efeito benéfico da cesariana não foi demonstrado em longo prazo, as evidências não são suficientes, devendo-se individualizar os casos):
1) Apresentação pélvica;
2) Mais de uma cesárea anterior;
3) HIV-AIDS.

NÃO SÃO INDICAÇÕES DE CESÁREA (lista enorme, posso ter esquecido algumas ou várias):
1) Circular de cordão;
2) Oligo-hidrâmnio;
3) Polidrâmnio;
4) Gestação prolongada (42 semanas ou mais);
5) Parto prematuro (abaixo de 37 semanas);
6) Macrossomia fetal (salvo, excepcionalmente, filhos de mães diabéticas com mais de 4,5kg);
7) Restrição do crescimento fetal;
 Pressão alta;
9) Pressão baixa;
10) Cesárea anterior;
11) Adolescência;
12) Idade igual ou superior a 35 anos;
13) Primiparidade;
14) Multiparidade;
15) HPV ou condiloma sem provocar obstrução do canal de parto;
16) Mioma que não funciona como tumor prévio;
17) Gestante baixa demais ou magra demais;
18) Obesidade materna;
19) Bacia estreita sem a prova de trabalho de parto;
20) Parto ou período expulsivo prolongado sem sinais de comprometimento materno ou fetal.

Outras não-indicações de cesárea podem ser conferidas em um tópico anterior:
Indicações das “desnecesáreas”[http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=59895&tid=9328604]
Lista elaborada por Dra. Melania, na comunidade Cesárea? Não! Obrigada…

13 de agosto de 2011

O que é Doula?

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Mas o que é a doula?
Doula é uma mulher, experiente com a maternidade ou não, capacitada para dar suporte físico e emocional antes, durante e depois do parto. É uma facilitadora da comunicação entre os pais e a equipe médica no hospital. Doula do grego "mulher que serve", mulher que dá a mão, dá um sorriso, da carinho, faz massagens, diz palavras que encorajam, que tranquilizam.


E o que ela pode fazer pela gestante, pelos pais, antes do parto?
A doula orienta, informa e esclarece o casal sobre o que esperar no dia do parto e depois do nascimento. Informa sobre assuntos relevantes como:

  1. a fisiologia do Trabalho de Parto e do parto, propriamente dito, e dar uma noção (porque cada parto é diferente)do que ela irá sentir na hora P ;
  2. informa sobre as opções de posições para alívio da dor e as melhores posições para parir;
  3. esclarece sobre os prós e contras das intervenções e, quando elas são realmente necessárias;
  4. explica a importância de se fazer um plano de parto escrito, deixando claro o desejo do casal, para ser entregue ao hospital;
  5. informa sobre várias opções alternativas para o alívio da dor, esclarecendo que a dor é uma coisa boa, pois demonstra que o filho dela, esta cada vez mais perto;
  6. explica os cuidados com o recém nascido e, tudo que envolve o cuidado com o bebê, afim de preparar  o casal, fazendo com que se sintam mais preparados na chegada do bebê.
  7. busca acalmar, tranquilizar o casal desmistificando certos assuntos;
  8. e também, tenta sanar outras necessidades que poderão surgir.
E durante o trabalho de parto?

A doula funciona como uma ponte entre a equipe que assiste o nascimento e o casal. Como assim? Ela explica os termos médicos e os procedimentos hospitalares, fazendo com que a mulher não se sinta tão invadida ou menosprezada. Ajuda a futura mãe a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto e parto, ajuda com a respiração, para que seja mais eficiente. Além disso sugere medidas naturais/ alternativas que podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento, aromaterapia, entre outras que ela tenha conhecimento.

E após o nascimento?
Logo que o bebê nasce a Doula incentiva a mãe a amamentar. Primeiro porque o vínculo mãe-bebê se estabelece, e segundo porque ajuda na expulsão da placenta. Ela fica com a nova família até tudo estar tranquilo e esclarecido. Na consulta pós parto a doula reforça os cuidados com o recém-nascido e vê como está o aleitamento materno, sanando eventuais duvidas. 

ESCLARECENDO ALGUNS PONTOS:
  1. Doula não substitui o acompanhante!!! Existem leis que garantem a entrada de uma pessoa, da escolha dá mulher, que podem acompanhá-la durante todo o processo de trabalho de parto e parto. Doula é uma profissional contratada pelo casal e não pelo hospital, ok?! Façam valer seus direitos!!
  2. A doula não executa qualquer procedimento médico;
  3. Não faz exames, como toque, etc;
  4. Não cuida e nem faz procedimentos no recém - nascido;
  5. Ela não discute e nem questiona procedimentos médicos, o casal deve perguntar e pedir esclarecimento, se for o caso.
VANTAGENS:
  1. diminui em 50% as taxas de cesárea 
  2. diminui em 20% a duração do trabalho de parto 
  3. diminui em 60% os pedidos de anestesia 
  4. diminui em 40% o uso da oxitocina (hormônio geralmente utilizado para começar ou acelerar o trabalho de parto)
  5. diminui em 40% o uso de fórceps

Parto Natural...o que é ?

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Então, esta será nossa primeira postagem no blog do grupo. Muitas pessoas falam que parto normal e natural são o mesmo, que não vem diferença pois a via de nascimento é a mesma. Ledo engano!! Para entendermos melhor, o Parto Natural (PNa) seria o parto normal (PNo) mas sem intervenções como lavagem intestinal, raspagem de pelos,  hormônio sintético, episiotomia (o corte no períneo), manobras como a de Kristeller, tração da placenta, enfim. No PNa a equipe médica simplesmente observa, zelando este momento, deixando a mulher livre para fazer o que deseja. Geralmente, no parto natural a mulher tem o auxílio de uma Doula, que é capacitada para dar suporte a esta mulher, fazendo que ela passe pelo trabalho de parto e parto com muito mais tranquilidade, e prazer sim! Porque PARIR é prazeroso e transformador!
Os locais que o PNa  pode acontecer, vão desde hospitais que tem estrutura para ele, como a sala de pré parto e parto serem no mesmo local (sem a parturiente precisar se locomover a outra sala), ter banheira e chuveiro a disposição da parturiente, bolas tipo pilates para exercícios, acomodação para os acompanhantes, banqueta para parir de cócoras, entre outras estruturas e serviços, como disponibilizar música para relaxar. Pode acontecer também em Casas de Parto, que possui estrutura, com ambiente alegre e aconchegante, onde é permitido a entrada da família. E também pode acontecer em casa mesmo, no domicilio da futura mãe, mas é aconselhado somente para as gestantes de baixo risco. Em casa a parturiente consegue relaxar mais fácil, pois esta em um local que ela conhece, vive. No parto domiciliar esta presente uma equipe médica humanizada, obstetra ou parteira (a nossa enfermeira obstetriz), doula, pediatra, enfim, com todos os equipamentos necessários em caso de algum susto. Existem pesquisas que mostram que o parto domiciliar é seguro sim! Então, informe se e procure o local que se sente mais segura e confortável!
Como me preparo para ter um Parto Natural? Em primeiro lugar você tem que ter em mente que parir é NATURAL. Obvio Ana!! Não é obvio não! Muitas mulheres querem isso sem saber o significado de Natural! Natural é deixar a NATUREZA agir, e você ter a consciência de que deve se entregar de corpo e alma a este processo, deixar se levar por cada onda provocada pela contração!! Tenha em mente que o trabalho de parto e o parto,  podem durar 10-12-24 hs ou mais, mas não desanime, se mantenha forte. Quanto mais relaxada e entregue, mais rápido será o parto! Em segundo lugar buscar o máximo de informações possíveis, e conversar com o seu obstetra. Se ele mostrar que não esta gostando das perguntas,e das suas vontades, troque de obstetra!! Não interessa se ele é querido, simpático ou se te acompanha desde que era adolescente...mude. Em terceiro uma equipe humanizada, ou um médico que respeite realmente seus desejos.  Mas o crucial é contratar um DOULA!! Não tive no meu parto, não me preparei como deveria, e me arrependo sim!! "Caro demais, chique demais, nem sei o que é isso?" Pois trate de saber e contrate! A Doula é um anjo da guarda na hora do parto, e vai te acompanhar onde for, em casa ou no hospital (tenha certeza que o hospital deixa doula entrar). A Doula com o carinho e a intuição que possuí, vai te ajudar em cada contração, relaxando e acalmando. Em quarto lugar, se preparar física e mentalmente, aprendendo técnicas de relaxamento e respiração. E em quinto lugar fazer um Plano de Parto. O que é isso? É um documento no qual você e seu marido, listam todos os procedimentos que autorizam ou não, a serem feitos em você e no bebê.
E a dor?? A pergunta que deve ser feita é:  como aliviar a dor?? Se é que você vai tê-la!! Muitas mulheres não passam de cólicas e dor de barriga. A contração é uma massagem feita no bebê para ele ir se preparando para nascer. Existem intervalos durante as contrações, que dão tempo para você se recuperar. Quando elas vierem é bom ficar embaixo do chuveiro, ou com bolsa de água quente nas costas e, até mesmo ganhando massagem do maridão e da Doula. Dependo da formação que a doula possui, ela pode fazer uso de outros métodos naturais para aliviar a dor e te ajudar a relaxar. Você deve combinar tudo isso com ela na consulta antes do parto.
Depois que o bebê nascer, o ideal é que ele vá direto para o colo da mãe, para se formar o vínculo precoce entre os dois. Se o bebê nascer chorando ou bem desperto, respirando por si, não há necessidade alguma dele sair de perto da mãe. O corte do cordão deve ser feito depois de parar de pulsar, para que o bebê receba este sangue extra da placenta. O pediatra pode realizar os procedimentos com o bebê no colo da mãe. Se possível, o bebê deve ser amamentado ali mesmo, auxiliando na saída da placenta ( existem riscos de se tracionar a placenta).
O Parto Natural não é um "bicho de 7 cabeças". Com preparo, muita informação e apoio de pessoas queridas, o desfecho do parto vai ser transcendental!!! PARIR É NATURAL!!!